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Presidente do PE poderá sancionar eurodeputado acusado de fazer saudação nazi

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Foto Reprodução/Twitter

A presidente do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola, poderá abrir um processo disciplinar ao eurodeputado nacionalista búlgaro Angel Dzhambazki suspeito de ter estendido o braço replicando uma saudação fascista no hemiciclo da União Europeia (UE).

O gesto -- observado na quarta-feira quando o eurodeputado em causa abandonava a sessão plenária, após um debate sobre sanções económicas à Hungria e Polónia por desrespeito do Estado de direito -- foi condenado pelos grupos políticos no PE e a família dos Conservadores e reformistas (ECR), a que Dzhambazki pertence, anunciou ontem que vai abrir uma investigação sobre o incidente.

"Uma saudação fascista no Parlamento Europeu é algo que considero inaceitável -- sempre e em toda a parte", escreveu Metsola, na sua conta na rede social Twitter, acrescentando que o gesto "provém do capítulo mais negro da nossa história e deve ser deixado lá".

"Defendemos o oposto, somos a Casa da democracia", escreveu ainda.

Um processo disciplinar poderá ser aberto ao abrigo do artigo 10º do Regimento do PE sobre a conduta dos eurodeputados e estabelece que esta deve ser "baseada nos valores e princípios estabelecidos nos Tratados, e particularmente na Carta dos Direitos Fundamentais. Os deputados devem respeitar a dignidade do Parlamento e não devem prejudicar a sua reputação".

O eurodeputado búlgaro, que já teve de pedir desculpa por insultos xenófobos a colegas no PE, nega que tenha feito a saudação nazi, justificando ter erguido o braço para se despedir.