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Portugal aponta para uma dezena de atletas nos Mundiais de pista coberta

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Foto Artur Machado / Global Imagens

A um mês dos Mundias de atletismo 'indoor' de Belgrado, de 18 a 20 de março, Portugal aponta para estar representado por uma dezena de atletas, entre os quais Pedro Pichardo e Auriol Dongmo, líderes mundiais nas suas especialidades.

Pichardo, no triplo salto, e Auriol Dongmo, no lançamento do peso, são atualmente os primeiros do 'ranking' da World Athletics, em que também surge muito bem posicionada Patrícia Mamona, terceira mundial do triplo feminino.

Para aquela que é a primeira grande competição do ano, os três atletas campeões europeus em 2021 já estão qualificados por marca e dispensados de a confirmar até aos Mundiais, como reconhecimento pelo que fizeram no ano passado (top-8 dos Jogos Olímpicos).

Dongmo e Mamona, de qualquer forma, já competiram esta época e confirmaram as marcas de acesso a Belgrado, enquanto Pichardo ainda não iniciou a época.

Já em 2022, Abdel Larrinaga, nos 60 metros barreiras, e Isaac Nader, nos 1.500 metros, foram as grandes surpresas, conseguindo mínimos de apuramento direto.

Com mínimos já feitos em 2021, Lorene Bazolo, nos 60 metros, e Cátia Azevedo, nos 400 metros, precisavam de confirmar a qualificação esta época, o que já fizeram.

Em sentido oposto estão Carlos Nascimento e Rosalina Santos, com mínimos nos 60 metros, mas ainda distantes da confirmação nesta época de inverno.

Quanto a Tiago Pereira, no triplo salto, e Francisco Belo, no lançamento do peso, o quadro é francamente mais favorável - mesmo sem confirmar as marcas feitas em 2022, deverão ter acesso a Belgrado2022 através da posição nos 'rankings' respetivos.

A lista poderá aumentar até 07 de março, último dia de obtenção de mínimos, e em 09 de março, quando se completarem as listas de atletas para as provas de Belgrado atendendo ao número alvo a atingir.

O processo é idêntico ao que já foi utilizado para os Jogos Olímpicos, recorrendo-se à posição no 'ranking' mundial para chegar ao número desejado.

Ainda à procura de mínimos, e não muito longe de o conseguirem, estão duas atletas nos 1.500 metros - as olímpicas Marta Pen e Salomé Afonso.

Marta Pen correu na última sexta-feira em 4.10,57 minutos, nos Estados Unidos, e Salomé Afonso tem sucessivamente melhorado o recorde pessoal em 2022, até aos 4.13,70, numa progressão de 12 segundos este inverno. Para chegarem a Belgrado, devem atingir os 4.09,00.

Se o conseguirem, a delegação portuguesa para Belgrado pode chegar aos 11 atletas, o que seria um recorde para o atletismo luso, com a exceção 'muito especial' do que aconteceu na edição de Lisboa2001.

Por ser país organizador, Portugal usou a faculdade de inscrever um atleta nas provas que quis e assim chegou-se ao total de 17 lusos em competição no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.

Tirando essa edição, nunca Portugal entrou na 'casa das dezenas' na lista de inscritos, sendo a delegação mais numerosa a de Barcelona95, com nove atletas. Em Budapeste2004 e Birmingham2018 estiveram oito.

Até 07 de março, dia limite para obtenção de mínimos, ainda haverá várias oportunidades de competição, nomeadamente os Nacionais de clubes, este fim de semana, e os Campeonatos de Portugal, no seguinte, e ainda o 'meeting' de Madrid, a 02 de março.