Criar (o) futuro
No processo de mudança e construção de uma sociedade mais solidária e coesa, os jovens desempenham um papel fulcral como agentes de mudança e têm de ser chamados a participar e a fazerem ouvir a sua voz.
A União Europeia, ciente do impacto significativo da pandemia de COVID-19 na vida dos cidadãos, nomeadamente nas gerações mais jovens, designou 2022 como o Ano Europeu da Juventude. Pretende-se, assim, colocar a ênfase nesta parte significativa da população, incluindo os jovens na elaboração e participação nas políticas e atividades centradas na juventude.
Um dos quatro objetivos do Ano Europeu da Juventude é “Apoiar os jovens, nomeadamente através do trabalho com jovens, em especial os jovens com menos oportunidades, oriundos de meios desfavorecidos e diversificados ou pertencentes a grupos vulneráveis e marginalizados, a fim de adquirirem conhecimentos e competências pertinentes, tornando-se assim cidadãos ativos e empenhados, inspirados num sentimento de pertença europeu.”
Neste contexto, é de realçar que a SocioHabitaFunchal, E.M. (SHF) já vem cumprindo esse desígnio, no desempenho das suas atribuições ao nível da inclusão social e cidadania. E continuará a apoiar os jovens do concelho do Funchal, através de várias iniciativas de inovação e desenvolvimento social, das quais quero hoje aqui destacar o grupo de percussão “Os Macetitas”.
“Os Macetitas” englobam performances rítmicas que combinam bombos tradicionais portugueses e tarolas, com gaitas de foles tradicionais portuguesas e coreografias. O grupo é constituído, neste momento, por 12 jovens que frequentam os centros comunitários da SHF.
É cada vez mais reconhecido o papel que as artes desempenham nos processos de inclusão social de comunidades socialmente desfavorecidas, potenciando ou permitindo adquirir competências pessoais, sociais, profissionais e empreendedoras e tornando os jovens cidadãos mais participativos e conscientes.
Com as iniciativas dirigidas aos jovens dos conjuntos habitacionais da SHF promove-se também o direito à cidade, ou seja, o direito de participar da construção do projeto de cidade, numa cidade que se quer para todos.
No pós-pandemia que se avizinha, e neste ano dedicado à juventude, é o tempo certo para fazer do Funchal o local ideal para os jovens construírem o seu futuro.
A cidade do Funchal é uma cidade cada vez mais de braços abertos à juventude, e todos os dias há um trabalho conjunto para renovar as perspetivas positivas para os jovens, fazendo-os cúmplices de um futuro mais inclusivo, seguro e feito de oportunidades e conquistas.