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PM Mario Draghi reúne parceiros do governo após desacordos no parlamento italiano

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Foto EPA/Geert Vanden Wijngaert / POOL

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, reuniu na quinta-feira com os representantes dos partidos que compõe o seu governo de unidade nacional, quase todos no parlamento, após divisões em votações de um projeto de lei.

O Governo de Draghi tem há um ano o apoio de quase todos os partidos do parlamento, com exceção do Irmãos de Itália (extrema-direita) e convocou os parceiros após chegar a Itália da reunião em Bruxelas do Conselho Europeu.

Fontes do governo explicaram que a reunião contou com a presença do ministro da Agricultura, Stefano Patuanelli, do Movimento 5 Estrelas (M5S), do ministro de Desenvolvimento Económico, Giancarlo Giorgetti, da Liga de extrema-direita, da ministra dos Assuntos Regionais, Mariastella Gelmini, da conservadora Forza Italia e o ministro da Justiça, Andrea Orlando, do Partido Democrata (centro-esquerda).

Também marcaram presença os ministros da Igualdade e Família (Elena Bonetti, da centrista Italia Viva) e da Saúde (Roberto Speranza, líder do Livre e Igual, de esquerda).

Antes, Draghi já tinha reunido com o chefe de Estado, Sergio Mattarella, em Roma, para discutir o que foi abordado em Bruxelas, num Conselho Europeu focado na crise ucraniana.

As reuniões dentro do governo, promovidas por Draghi, ocorrem num momento em que a coligação no poder está dividida na tramitação de várias emendas a um projeto de lei que a cada ano prorroga uma série de termos legais que, se não forem respeitados, implicam lacunas regulatórias no Estado.

Os partidos que apoiam Draghi não votaram em conjunto emendas ao texto em quatro ocasiões diferentes, mesmo numa comissão da Câmara dos Deputados.

De resto, a Liga, de Matteo Salvini, e o Forza Italia, de Silvio Berlusconi, votaram com a oposição Irmãos de Itália, numa norma que regula os tetos para pagamentos em dinheiro.

Segundo a comunicação social italiana, devido a estas posições, Draghi convocou os seus parceiros de coligação para assegurar os votos necessários no parlamento e a manutenção da ação do governo.