Madeira

PCP quer Câmara do Funchal a intervir para diminuir impactos do aumento do custo de vida

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O PCP considera que a a Câmara Municipal do Funchal não se pode demitir das suas responsabilidades e deve, em articulação com o Governo Regional e outras entidades e associações com intervenção social, garantir um acompanhamento regular e próximo das famílias. Em causa está o aumento do custo de vida. O partido pretende apresentar na reunião da Assembleia Municipal, que se realiza a 23 deste mês, uma proposta que vá ao encontro destas preocupações sentidas e vividas por tantas famílias.

Numa iniciativa realizada esta tarde, no centro do Funchal, Herlanda Amado disse que "o início do ano de 2022 tem sido marcado por aumentos incomportáveis para muitas famílias, da subida do preço de bens essenciais e serviços, sentido por quem todos os dias vai às compras; que no final do mês se confronta com a prestação da casa e do carro, ou com o pagamento da renda de casa e todo o conjunto de despesas cada vez mais difícil de suportar com os salários que recebemos na Região, onde aparentemente se tenta passar a ideia que vivemos numa Região para ricos, mas na realidade a generalidade da população sobrevive com baixos salários".

Na ocasião, a dirigente da CDU lembrou o aumento do custo dos produtos alimentares, pão, a carne, o peixe, a fruta e produtos hortícolas. "Não há como negar que hoje a vida de milhares de madeirenses e portossantensses é mais difícil, onde a maioria tem que fazer uma ginástica orçamental para conseguir chegar ao final de cada mês", disse.

Por outro lado, recordou o aumento dos valores das rendas de casa e as dificuldades no acesso à habitação que empurram tantas famílias para situações de risco de pobreza. "O aumento de bens essenciais de consumo tais como os produtos hortícolas e frutícolas, contrariam as recomendações das organizações de saúde, visto o peso no orçamento familiar dos produtos frescos, para que as famílias possam ter uma alimentação mais saudável e variada", considerou.

Herlanda Amado frisou que "existem medidas apresentadas pela CDU que foram aprovadas ao longo dos últimos anos e que minimizaram muitos dos efeitos sentidos actualmente por muitas famílias, mas o seu efeito, tende a esgotar-se a prazo se não for acompanhado de outro nível de medidas e opções que coloquem como objectivo a elevação das condições de vida dos trabalhadores e do povo, uma mais justa distribuição da riqueza, o desenvolvimento e o progresso do País e da Região".

"É inquestionável que existem áreas de necessária articulação entre o Poder Local e o Poder Regional na coordenação das orientações preventivas e na intervenção sobre os nexos causais das dinâmicas da pobreza e da exclusão social, também é incontornável reconhecer o contributo fundamental do Poder Local na aplicação de medidas específicas e eficazes no espaço público, dando conteúdo material à ideia do "pensar global, agir local", enquanto vector descentralizado e mais competente para a profundidade do desenvolvimento humano e social", salientou.