Uma "economia com pouca diversidade" está muito dependente das crises
Pedro Neto, director executivo da Amnistia/Internacional Portugal, apresenta ideias para a defesa dos direitos humanos e lembra a emigração portuguesa
O painel "Políticas de Desenvolvimento Regional" encerra o primeiro dia de trabalhos do XVII Colóquio CIE-UMa: Educação e Desenvolvimento Comunitário, que continua amanhã no Colégio dos Jesuítas.
Pedro Neto, director executivo da Amnistia Internacional/Portugal, o primeiro a intervir, explicou que também Portugal acaba por estar na periferia da Europa e, desta forma, condicionado à procura dos outros países. Daí que exorte o país a apostar em vários sectores, porque uma "economia com pouca diversidade" está muito dependente das crises, como se viu com a questão da Covid-19.
Na sua intervenção apresenta soluções/desafios para o futuro, assim como para garantir que todas as pessoas têm acesso aos direitos mais básicos. Sobre os migrantes, pede um "olhar sem medo", até porque lembra todo o processo de emigração dos portugueses.
O painel conta com as intervenções de Paulo Fernandes, presidente da Câmara Municipal do Fundão, autarquia que nos últimos tempos tem acolhido e integrado migrantes, e de Bruno Pereira, vereador na Câmara Municipal do Funchal, que vai apresentar os programas disponíveis na área da habitação social.
Falam ainda Elza Pais, Investigadora da Universidade Nova de Lisboa, e Bruno Martins, arquitecto, numa discussão moderada por Liliana Rodrigues, uma das organizadoras do colóquio.