Madeira

Carlos Pereira vira o bico ao prego e diz que PSD-M e Governo Regional é que devem explicações sobre a mobilidade

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Carlos Pereira, deputado do PS-M recém-eleito à Assembleia da República, veio esta quinta-feira, através de comunicado, afirmar que o PSD e o Governo Regional devem explicações aos madeirenses em relação à questão do subsídio de mobilidade, ao invés de prosseguirem a política de protesto que têm vindo a adoptar.

Lembra que foi o PSD o responsável pelo modelo vigente e acusa o Executivo madeirense de "não ter coragem de enfrentar os desafios".

Optando por não responder às críticas que têm sido feitas nos últimos dias por responsáveis do PSD e CDS sobre a questão do modelo do subsídio da mobilidade, como aliás o DIÁRIO tem vindo a noticiar, Carlos Pereira contra-ataca e lança um conjunto de questões aos sociais-democratas. Vamos por partes.

As questões colocadas por Carlos Pereira ao PSD

O parlamentar começa "por indagar o porquê de terem decidido assinar em 2015 um modelo pior para a Madeira do que para os Açores, lembrando que na altura não havia tectos de tarifa de 400 euros, nem prazos para reembolsos e havia bilhete corrido em todas as ilhas, tendo o Porto Santo passado a ficar de fora".

Além disso, aponta do facto de, "então, ter sido estabelecido um plafond de pagamentos do Estado no valor de 11 milhões de euros, o qual já foi revisto pelo Governo do PS, passando para 50 milhões de euros".

Por outro lado, Carlos Pereira acusa o PSD-M de insistir em regulamentar a 'mata cavalos' o diploma da mobilidade, "quando sabe que tal pode levar à saída das companhias Ryanair e easyJet da Região".

“Se consideram que não se importam com a saída destas companhias da rota madeirense, então que digam sem enganar os cidadãos”, desafia o parlamentar, considerando que “a regulamentação deve ser feita assegurando a manutenção das companhias aéreas, para não ficarmos dependentes da TAP em regime de monopólio”. Carlos Pereira, deputado do PS-M em São Bento

O deputado socialista aponta também que, "sem o empenho do Turismo de Portugal e financiamento nacional, a Ryanair não estaria a operar na Madeira".

E lança ainda um repto ao PSD:

“O que fariam com a TAP com a crise brutal na aviação? Por que não reagiram à audição pública de Bruxelas sobre a companhia?”. Carlos Pereira, deputado do PS-M em São Bento

Carlos Pereira pergunta igualmente por que razão o Governo Regional recusou, sem debate público, a possibilidade de regionalizar o subsídio de mobilidade.

“Num clima exacerbado de apelos à Autonomia, é surpreendente que seja recusada a regionalização deste importante tema sem qualquer possibilidade de discussão com a sociedade” Carlos Pereira, deputado do PS-M em São Bento

Embora reafirme que "a matéria da mobilidade constitui uma obrigação do Estado", o socialista confia que os madeirenses tratam melhor os seus assuntos.

No entanto, conclui dizendo que o Governo Regional “fala de Autonomia, mas não tem coragem de enfrentar os desafios”.