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Actividade económica acelera e consumo privado diminui em Janeiro

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O indicador coincidente para a atividade económica apresentou em janeiro uma taxa superior à do mês anterior, enquanto o indicador para o consumo privado voltou a diminuir, informou hoje o Banco de Portugal (BdP).

"Em janeiro, o indicador coincidente mensal para a atividade económica apresentou uma taxa superior à do mês anterior. A taxa do indicador coincidente para o consumo privado voltou a diminuir", refere o banco central em comunicado.

Em janeiro, a taxa de variação homóloga do indicador para a atividade económica foi de 5,5% (-3,3% em janeiro de 2021), acelerando face aos 5,4% de dezembro de 2021, enquanto a variação homóloga do indicador para o consumo privado diminuiu de 6,2% em dezembro para 5,6% em janeiro (-2,6% em janeiro de 2021).

Considerando o trimestre terminado em janeiro, as taxas de variação homóloga dos indicadores para a atividade económica e para o consumo privado foram de 5,4% e 6,2%, respetivamente, o que compara com 5,3% e 6,8%, pela mesma ordem, do trimestre terminado em dezembro de 2021.

Desde o início deste ano, a taxa média de variação do indicador coincidente mensal para a atividade económica é de 5,5%, enquanto a do indicador coincidente mensal para o consumo privado é de 5,6% (no mesmo período de 2020, a taxa média de variação destes indicadores foi de 2,6% e 4,5%, respetivamente).

Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico, pelo que não refletem em cada momento a taxa de variação homóloga do respetivo agregado de Contas Nacionais.

Ressalvando que a incorporação de nova informação pode refletir-se mensalmente na revisão dos valores passados dos indicadores coincidentes, o BdP alerta que, "na atual conjuntura, face às variações bruscas e significativas nas séries usadas no cálculo dos indicadores coincidentes, é expectável que se verifiquem revisões mensais nestes indicadores superiores às habituais".

"Adicionalmente -- acrescenta -- o perfil alisado subjacente à metodologia de cálculo dos indicadores pode implicar revisões mensais com um sentido que difere ao longo do tempo".

A próxima divulgação dos indicadores coincidentes do BdP ocorrerá em 17 de março.

Também hoje, o BdP informou que, na semana terminada em 13 de fevereiro, o indicador diário de atividade económica, que retrata em tempo quase real a evolução da economia portuguesa, registou uma variação homóloga "em linha" com as semanas anteriores.

"Na semana terminada a 13 de fevereiro, o indicador diário de atividade económica (DEI) aponta para uma taxa de variação homóloga da atividade em linha com o registado nas semanas anteriores", refere o Banco de Portugal (BdP) em comunicado.

Quanto à taxa de variação bienal (corresponde a acumular as taxas de variação, em dias homólogos, para dois anos consecutivos) "recuperou no mesmo período", acrescenta.

O DEI é um indicador lançado pelo BdP para identificar alterações abruptas na atividade económica, mas não constitui uma previsão oficial do Banco de Portugal ou do Eurosistema.

Divulgado semanalmente à quinta-feira, com informação até ao domingo precedente, o DEI cobre diversas dimensões correlacionadas com a atividade económica em Portugal, sumariando a informação das seguintes variáveis diárias: tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes.

Conforme explica o BdP, a utilização deste tipo de dados de alta frequência "intensificou-se na sequência da crise desencadeada pela pandemia de covid-19", já que, dado o "curto desfasamento" da sua divulgação face ao período de referência, permitem "identificar atempadamente alterações bruscas na atividade económica".