Biden e Scholz exigem à Rússia "medidas genuínas de desescalada"
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, exigiram hoje que a Rússia tome "medidas genuínas de desescalada" para evitar qualquer conflito com a Ucrânia e ameaçaram novamente Moscovo com sanções.
Biden e Scholz mantiveram uma conversa telefónica onde concordaram que "a Rússia deve tomar medidas genuínas de desescalada".
"No caso de uma nova agressão militar contra a integridade territorial e a soberania da Ucrânia, a Rússia deve esperar consequências extremamente graves", salientou, em comunicado, o gabinete de imprensa do chanceler alemão Olaf Scholz.
Os ocidentais receiam uma invasão russa do território do país vizinho, como a de 2014 que culminou na anexação da península ucraniana da Crimeia.
O Kremlin (Presidência russa) rejeita ter uma intenção bélica nestas manobras e, na terça-feira, anunciou o regresso aos quartéis de algumas das suas tropas que nos últimos meses destacou para perto das fronteiras com a Ucrânia.
No entanto estes anúncios recentes despertaram desconfiança por parte dos ocidentais, que apontam que Moscovo mantém as suas tropas na fronteira.
"Persiste o risco de uma nova agressão militar da Rússia contra a Ucrânia, é necessária a maior vigilância", alertaram os governantes, defendendo que "nenhuma retirada significativa das tropas russas foi observada até agora".
Ainda assim, ambos saudaram as declarações do Presidente russo, Vladimir Putin, de que "os esforços diplomáticos devem ser continuados".
"Agora é uma questão de persegui-los com determinação", vincaram.
O chanceler alemão esteve em Kiev na segunda-feira para um encontro com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e, depois, viajou para Moscovo no dia seguinte, onde se encontrou com Putin.
No regresso, Olaf Scholz garantiu a existência de "bases suficientes para discussão" com a Rússia sobre a crise entre ocidentais e Moscovo e que estas precisam de ser "utilizadas".
No sábado, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do G7, realizam uma reunião dedicada à crise ucraniana à margem da Conferência de Segurança de Munique.
A Alemanha preside neste momento o grupo dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido).
Nenhum representante do executivo russo está anunciado, até à data, na conferência.