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Governo dos Açores quer conhecer prestação dos alunos antes do fim de ciclos

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A estratégia que o Governo dos Açores está a desenhar para a Educação vai incluir um eixo de aferição do saber dos alunos, disse hoje a secretária regional da Educação.

"Apercebemo-nos que essa nossa intenção das metas não pode ser uma mera intenção transversal e faz sentido que constitua um eixo de intervenção e construção da estratégia. Já apresentamos a todos os partidos políticos, nesta segunda ronda de conversações, a inclusão desse eixo para a definição de metas que não podem ser -- e isso foi consensual -- de fim de ciclo, quantitativas, mas também de aferir efetivamente aquilo que o aluno sabe", declarou Sofia Ribeiro.

A titular da pasta da Educação nos Açores destacou a necessidade de "acompanhar os alunos e estabelecer objetivos intermédios que não passam necessariamente por provas de exames" mas por "todo um trabalho de aferição que pode e deve ser feito".

Sofia Ribeiro, que iniciou na segunda-feira, uma segunda ronda de negociações com os partidos representados na Assembleia Legislativa dos Açores, depois de ter recebido propostas para integrar na estratégia para a educação a dez anos, falava aos jornalistas em Ponta Delgada.

O documento base de que partiu a discussão incluía cinco eixos, para os quais o executivo açoriano pediu contributos das forças políticas: capacitação de alunos, elevação da condição docente, qualificação dos assistentes e técnicos da ação educativa, envolvimento da comunidade educativa e autonomia das unidades orgânicas.

A governante referiu que ficou o compromisso da secretaria regional da Educação de "proceder já a um enquadramento da situação atual do ensino", no sentido de se apurar o "ponto de partida e tirar uma radiografia ao sistema educativo regional".

Este será comparado com a realidade nacional e europeia, bem como a nível dos países da OCDE.

Sofia Ribeiro declarou que se pretende "acima de tudo convergir", sendo que os Açores "não podem continuar a manter um afastamento relativamente às taxas e os indicadores nacionais e internacionais".

A secretária regional identificou como metas que geraram consenso, para além da aferição dos alunos, um investimento na classe docente e não docente, o desenvolvimento de outras competências para os estudantes no quadro do século XXI, a par da autonomia das escolas.

Sofia Ribeiro anunciou que "após a construção dessa estratégia, seguir-se-á necessariamente a fase da operacionalização" que "vai ser construída com a comunidade educativa", uma vez que "não se pode ter mais politicas de cima para baixo".