Mundo

Número de mortes causadas pela chuva em cidade brasileira sobe de 44 para 58

None

O governo regional do estado brasileiro do Rio de Janeiro elevou de 44 para 58 o número de mortes confirmadas na cidade de Petrópolis, fortemente atingida pela chuva desde a noite de terça-feira.

Segundo uma nota publicada no site do governo do Rio de Janeiro, até às 13:50 locais (16:50 em Lisboa) de hoje "58 mortes haviam sido confirmadas" e "21 pessoas foram resgatadas com vida".

A autoridades estadual informou também que mobilizou 400 militares para 44 pontos atingidos pelo temporal, além de 20 camiões, 20 retroescavadoras, 10 escavadoras hidráulicas e 10 camiões cisterna (usados para transportar água potável).

Numa atualização do boletim meteorológico, a Defesa Civil do Rio de Janeiro informou que ainda há previsão de chuva fraca a moderada a qualquer momento em Petrópolis.

Petrópolis, um município localizado a cerca de 70 quilómetros da cidade do Rio de Janeiro, acumulou 259 milímetros de chuva em seis horas, na tarde e noite de terça-feira.

Os 'media' locais informam que a previsão é de que mais vítimas sejam localizadas ao longo do dia já que o trabalho das equipas de resgate nas áreas atingidas continuam.

De acordo com fontes oficiais, ocorreram pelo menos 189 deslizamentos de terras e 45 desabamentos ou quedas de muros e árvores foram notificados no distrito de Petrópolis.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram carros sendo arrastados pela corrente de água e grandes deslizamentos numa área da cidade chamada Morro da Oficina.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, descreveu a situação, referindo-se a um cenário "quase como uma guerra". "Temos visto veículos derrubados, muita lama e ainda muita água", acrescentou.

Castro salientou que a tragédia ocorreu "de um dia para o outro" e indicou que, em apenas duas horas, a queda de água atingiu os 200 milímetros.

Os 259 milímetros acumulados em seis horas em Petrópolis foram ainda mais do que a previsão para todo o mês de fevereiro, que foi de 238 milímetros.

"É uma quantia absurda e infelizmente não pudemos salvar todas as pessoas", lamentou o governador.

Esta não é a primeira vez que a região onde a cidade de Petrópolis está localizada foi atingida por fortes tempestades.

Em 2011 ocorreu a maior tragédia meteorológica alguma vez registada no Brasil, quando as tempestades provocaram mais de 900 mortos e uma centena de desaparecidos na região serrana do Rio de Janeiro.