Albuquerque assume coligação com o CDS nas 'regionais' na moção que leva ao congresso
A moção de estratégia 'Madeira Sempre', que Miguel Albuquerque vai apresentar ao XVIII Congresso do PSD Madeira, no próximo mês, assume o que já tinha sido avançado há alguns meses mas que chegou a estar em dúvida nas últimas semanas: uma coligação com o CDS nas eleições legislativas regionais do próximo ano.
O líder do PSD-M, reeleito recentemente com mais de 98% dos votos dos militantes, assume como objectivo a vitória nas eleições regionais de 2023 e o texto que os militantes vão votar concretiza a forma como isso deve ser feito.
"Para vencer os nosso adversários à esquerda, o PSD/M deve disponibilizar-se e dialogar, mais uma vez, com o nosso parceiro natural de coligação o CDS/PP, tendo por base a experiência de sucesso alcançada nas últimas eleições em que seguimos este modelo". Miguel Albuquerque, moção "Madeira Sempre"
Miguel Albuquerque garante que irá "auscultar os militantes" para assumir a "maximização dos votos, sabendo, à partida, que o que estará em causa é a avaliação de uma governação regional que assenta nesta coligação e que tem cumprido todos os seus compromissos, indo inclusive mais além nalguns deles".
Para concretizar o que diz serem "coligações instrumentais e para elaboração de um programa comum" com o CDS, o líder social-democrata considera "imperioso ultrapassar amiúde rivalidades pessoais e políticas, por vezes muito antigas" e ter "a humildade de perceber que o mais importante é o bem-estar das populações" e a "consolidação e crescimento" do partido.
Uma posição clara de Miguel Albuquerque que deverá ser um dos temas centrais do congresso que decorrerá, entre 5 e 6 de Março no Centro de Congressos da Madeira.
A moção "Madeira Sempre", que pelos regulamentos teve de dar entrada no partido ainda antes das eleições legislativas antecipadas, retoma um discurso mais duro em relação ao Governo da República. Mais pormenores na edição impressa do DIÁRIO de amanhã.