eleições legislativas Madeira

Votos inválidos nos círculos da emigração devem-se ao “sistema [eleitoral] anacrónico”

Albuquerque lamenta “situação confrangedora”

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Foto DR

Os cerca de 80% de votos inválidos por ocasião da contagem dos dois círculos da emigração é resultado do “anacronismo” da lei eleitoral portuguesa, porque apesar de “vivermos numa sociedade tecnológica no século XXI, o sistema está montado para o século XIX”, critica o presidente do Governo Regional.

É mais situação relacionada com o processo eleitoral em Portugal que tem de ser resolvida, neste caso para “proporcionar às nossas comunidades um processo de votação mais prático e sobretudo que não leve a estas situações constrangedoras”, lamentou.

Miguel Albuquerque não entende como é possível estar-se sempre a falar nas comunidades nas grandes comemorações do País “e depois não se faz nada para facilitar a vida a essas comunidades, nem sequer no exercício básico do voto”, aponta.

Aquele que seria um recorde absoluto de votação ‘além-fronteiras’, com mais 100 mil votos em relação às últimas legislativas, em 2019, esfumou-se em sequência de protesto do PSD, que viria a resultar que fossem invalidados mais de 157 mil votos de emigrantes portugueses votantes pelo Círculo da Europa, ou seja, cerca de 80% dos votos deste círculo.

Albuquerque recusa que a culpa deste “problema recorrente” seja dos partidos.

“O sistema é que não funciona bem por que é um sistema anacrónico. Não é o partido A, o partido B, o que é fundamental é termos clarificação nos métodos e na forma como procedemos”, defendeu.