José Manuel Rodrigues declara apoio a candidatura de Nuno Melo
O presidente do CDS-PP/Madeira, José Manuel Rodrigues, manifestou hoje o apoio a uma candidatura do deputado europeu Nuno Melo à liderança dos centristas, considerando ser "quem está em melhores condições para unir" e "reacender" o partido.
"Manifesto o meu apoio à uma candidatura do deputado europeu, Nuno Melo, à presidência do CDS. Estou convicto que no momento atual é quem está em melhores condições para unir o partido e fazer reacendê-lo", diz o também presidente da Assembleia Legislativa da Madeira.
Na posição escrita enviada à agência Lusa, o responsável centrista defende que "o CDS precisa de ser refundado e voltar à sua matriz principal que é a democrata-cristã".
José Manuel Rodrigues é o presidente do CDS-PP/Madeira e Rui Barreto o presidente da comissão política regional do partido.
Depois dos maus resultados obtidos pelo CDS-PP a nível nacional nas eleições legislativas nacionais do passado domingo, nas quais perdeu pela primeira vez a representação na Assembleia da República em 47 anos, José Manuel Rodrigues sublinha que "o partido vai renascer porque é essencial à Democracia portuguesa".
E complementa que "defende um conjunto de princípios e valores que mais nenhum partido representa".
Para o dirigente do CDS-PP insular, esta força partidária "deve ser um espaço onde convivem bem, tal como no passado, os democratas-cristãos, os conservadores moderados e os liberais com preocupações sociais".
"O CDS já passou por momentos muito difíceis e soube superá-los, e este é só mais um deles, que estou certo será ultrapassado por todos os que se revêm na sua doutrina", enfatiza.
José Manuel Rodrigues salienta que " tem milhares de militantes, centenas de autarcas, preside a cinco municípios, é Governo na Madeira e nos Açores, tem quadros de enorme valor".
Por isso, "tem uma base para começar de novo a perspetivar o seu ressurgimento como força política incontornável da política portuguesa", reforça.
O eurodeputado do CDS-PP, Nuno Melo, anunciou hoje que será candidato à liderança se conseguir garantir "condições institucionais" para "um caminho novo, unificador", apontando que não abandona o partido "no momento mais difícil da sua história".
O atual líder centrista demitiu-se do cargo no domingo à noite, depois de conhecidos os resultados das eleições legislativas, o pior de sempre do CDS-PP que afastou o partido da Assembleia da República.
A nível nacional, o CDS-PP obteve domingo 1,61% (86.578 votos), sendo ultrapassado por Chega (7,15%), Iniciativa Liberal 4,98% e Bloco de Esquerda (4,46%).
O PS obteve a maioria absoluta com 41,68% (2.246.637 votos) e o PPd-PSD foi o segundo partido mais votado com 27, 80% (1.498.605 votos).
Na Madeira, o PSD manteve-se como o partido mais votado em legislativas nacionais e, pela primeira vez coligado com o CDS, apenas manteve os três lugares na Assembleia da República, os mesmos que o PS.
As eleições legislativas nacionais não tiveram assim implicação na representação dos seis deputados eleitos pelo circulo eleitoral da Região Autónoma da Madeira.
O PSD/Madeira, que sempre concorreu sozinho neste tipo de ato eleitoral e tinha uma representação na Assembleia da República de três parlamentares, apostou na coligação com o CDS-PP ('Madeira Primeiro') e obteve hoje um total de 50.634 votos (39,83%).