Turismo Madeira

Operacionalidade do Aeroporto da Madeira é "luta comum"

Presidente Executivo da ANA Aeroportos, Thierry Ligonnière, defende-se de acusações da véspera e garante empenho na solução insular

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A ANA assume continuar empenhada numa "luta comum" para, em conjunto com o Governo Regional, encontrar soluções para combater a inoperacionalidade do aeroporto da Madeira.

Uma garantia dada pelo Presidente Executivo da ANA Aeroportos, Thierry Ligonnière, durante o debate dos ‘Grandes Desafios do Turismo Português’ na segunda sessão do congresso da APAVT.

Thierry Ligonnière também defendeu que ANA tem registado taxa de tráfego acima do verificado antes de 2014 no aeroporto de Lisboa, graças ao aumento de intensidade operacional. Um facto que visa atenuar os ataques em larga escala feitos ontem quer pelo ex-ministro Augusto Mateus quer, pelo presidente da APAVT e pelo presidente da Confederação do Turismo Português.

Os reparos à privatização da ANA – Aeroportos vem de longe e ganhou contornos mais vistosos no ano passado quando foi considerada como um negócio "ruinoso" para o Estado pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que se insurgiu contra a venda pelo governo de Pedro Passos Coelho da empresa que gere os aeroportos nacionais aos franceses da Vinci.

Thierry Ligonnière assegura que Lisboa é um dos dois aeroportos mais eficientes da Europa, a seguir a Gatwick, e que Portugal é o País europeu que mais recupera da crise pandémica. Um aeroporto que tem sido alvo de melhorias e de investimentos. O presidente executivo da ANA - Aeroportos de Portugal  acredita que as obras no aeroporto de Lisboa, que vão permitir aumentar a eficiência, num investimento de 200 a 300 milhões de euros, podem avançar no final de 2023, até porque em relação ao futuro aeroporto, a ANA vai limitar-se a fazer aquilo que o governo decidir.

Com o novo aeroporto sucessivamente adiado, o que tem merecido duras críticas dos agentes de viagens e de turismo, Filipe Silva, Vogal do Turismo de Portugal, também tentou deitar água na fervura alegando que há muita gente a queixar-se da infraestrutura sem conhecimento de causa, alegando que há possibilidade de neste momento tirar ainda maior proveito pois julga que há capacidades, nomeadamente nas rotas, que não são exploradas a 100%.

Neste mesmo painel, o diretor Executivo da Portimar, Eduardo Caetano, considerou que a Madeira e o Algarve são regiões com maior exposição ao mercado internacional, sugerindo por isso a procura por novas oportunidades em mercados de origem como o espanhol.