Os resultados definitivos dos Censos 2021 indicam que a população residente na Região era de 250 744 habitantes, 117 685 homens (46,9%) e 133 059 mulheres (53,1%), representando 2,4% da população do País (10 343 066 pessoas).

Na última década, a população diminuiu 6,4%, contrariamente do que sucedeu na década anterior. As variações intercensitárias desde o início da Autonomia e até aos Censos 2011 foram de +0,2% entre 1981 e 1991, -3,3% entre 1991 e 2001 e +9,3% entre 2001 e 2011.

Outros destaques:

A evolução populacional da última década mostra que todos os municípios da Região perderam população, sendo em Santana e São Vicente onde a redução no número de habitantes foi mais expressiva (-15,1% e 15,0%, respetivamente). Nos municípios de Santa Cruz e Ribeira Brava a perda de população foi menos acentuada, representando -1,9% e -5,2%, respetivamente.

A maioria das freguesias da Região perdeu população nos últimos 10 anos, com exceção na Tabua (+0,2%), Calheta (+0,8%), São Martinho (+1,7%), Caniço (+2,9%), Jardim do Mar (+5,4%), Sé (+8,2%) e Água de Pena (+12,9%) onde a população variou positivamente. As maiores quebras registaram-se no Paul do Mar (-27,1%), Ilha (-25,9%), Achadas da Cruz (-23,9%) e Ponta Delgada (-23,5%).

Em 2021, a densidade populacional1 era cerca de 3 vezes superior na R.A. da Madeira (313,0 hab/km2) do que na generalidade do País (112,2 hab/km2).

A densidade populacional era inferior nas freguesias a norte da Ilha da Madeira e no Porto Santo, contrastando com uma maior densidade populacional verificada nas freguesias localizadas a sul. No município do Funchal a densidade populacional era mais elevada: 1 387,7 hab/km2, destacando-se as freguesias de São Pedro (4 834,9 hab/km2), Imaculado Coração de Maria (4 137,5 hab/km2) e Santa Luzia (4 097,0 hab/km2) com densidades superiores. Em oposição, nos municípios do Porto Moniz, São Vicente e Santana a densidade populacional era inferior: 30,4 hab/km2, 61,7 hab/km2 e 68,6 hab/km2, respetivamente.

Em 2021, a população residente na Região tinha, em média, 44,4 anos (45,4 anos em Portugal), valor cerca de 5 anos superior ao apurado em 2011: 39,2 anos (41,8 anos em Portugal). A idade média era mais baixa entre os residentes nas freguesias a sul da Ilha da Madeira, em particular nas freguesias de Câmara de Lobos (39,5 anos) e do Caniço (39,8 anos). Na Ribeira da Janela e na Ilha, a população residente tinha uma idade média mais elevada: 55,2 anos e 56,3 anos, respetivamente.

O aumento da idade média da população verificado entre 2011 e 2021 (+5,2 anos) evidencia o fenómeno de envelhecimento da população, que tem vindo a ser marcado pelo aumento da população idosa (pessoas com 65 ou mais anos) e o decréscimo da população jovem (pessoas com menos de 15 anos).

Entre 2011 e 2021, o peso da população jovem no total da população baixou de 16,4% para 12,7%, enquanto a proporção da população idosa evoluiu de 14,9% para 20,0%.

Quando comparado com 1991, o aumento da percentagem da população idosa e decréscimo da população jovem é ainda mais evidente. Em 1991, os idosos representavam apenas 11,6% da população e os jovens 24,5%, justificando o topo da pirâmide etária mais estreito e a base mais larga em 1991 por comparação com 2021.

A evolução da estrutura etária da população residente entre 1991 e 2021, não só evidencia um decréscimo no número de nascimentos e um aumento da longevidade, como destaca o predomínio da população feminina com 65 anos ou mais, embora também se tenha assistido a um considerável aumento da percentagem de homens idosos no total da população residente entre 1991 e 2021 (+6,8 pontos percentuais, p.p.).

Entre 2011 e 2021, destaca-se a elevada redução (-23,2%) da população dos 25 aos 34 anos, população que em 2011 tinha entre 15 e 24 anos (33 091 pessoas em 2011 e 25 412 pessoas em 2021).

As alterações da estrutura etária da população residente na Região verificadas na última década refletem-se num aumento do índice de envelhecimento. Em 2021, existiam 157 idosos por cada 100 jovens na Região (182 no País), tendo este indicador subido relativamente a 2011 (91 idosos por cada 100 jovens na Região e 128 em Portugal).

Em 2021, a relação entre idosos e jovens, era superior nas freguesias localizadas norte da Ilha da Madeira, em particular na freguesia da Ilha onde este índice atingiu um máximo de 888 idosos por cada 100 jovens. Contrariamente, na freguesia do Caniço a população era menos envelhecida: 72 idosos por cada 100 jovens. Importa referir que na maioria das freguesias (94,4%) o número de idosos por cada 100 jovens era superior a 100.

O índice de sustentabilidade potencial mede a relação existente entre a população em idade ativa (15-64 anos) e a população idosa (65 ou mais anos) e permite avaliar o esforço que a população idosa exerce sobre a população em idade ativa. Na Região, em 2021, existiam 3,4 indivíduos ativos por cada idoso (2,7 em Portugal), resultando num decréscimo deste índice face a 2011 (4,6 na RAM e 3,5 em Portugal).

Nas freguesias a norte e a oeste da Ilha da Madeira a população idosa exercia um maior esforço sobre a população em idade ativa (Figura 7), em particular nas freguesias da Ribeira da Janela e Arco de São Jorge onde existiam apenas 1,4 ativos por cada indivíduo com 65 ou mais anos. Contrariamente, na freguesia do Caniço o número de pessoas em idade ativa por cada indivíduo com mais de 65 anos era consideravelmente superior: 6,2.