Greve na TAP sem qualquer impacto na Madeira
Tal como o DIÁRIO e TSF-Madeira já avançaram, a TAP poderá recorrer a outra empresa do seu universo, neste caso a Portugália, para assegurar todas as ligações previstas para hoje e amanhã
Os tripulantes de cabine da TAP estão hoje e amanhã em greve, uma paralisação convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) que ainda não afecta directamente a Madeira, tendo em conta que nenhuma ligação foi cancelada até ao momento entre a ilha e território continental.
A greve iniciou-se às 0 horas desta quinta-feira e até ao momento a TAP assegurou dois voos para a Região, ambos provenientes de Lisboa.
O primeiro avião (TP 1693) aterrou em Santa Cruz com um ligeiro atraso - pelas 1h41 - enquanto o segundo voo do dia (TP 1699) também chegou às 9h32. Em sentido inverso, rumo à capital portuguesa, a TAP já estabeleceu duas ligações às 4h36 (TP 1690) e 8h05 (TP 1698), preparando-se para efectivar um terceiro voo (TP 1696), de igual modo com destino a Lisboa.
Tal como o DIÁRIO e TSF-Madeira já avançaram, a TAP poderá recorrer a outra empresa do seu universo, neste caso a Portugália, para assegurar todas as ligações previstas para hoje e amanhã, de forma a não aumentar a conta dos já 360 voos cancelados e, ao mesmo tempo, evitando o aumento da perca que chega aos 8 milhões de euros.
Eventualmente, nesta rota inclui-se a Madeira, destino que já tem assegurado os serviços mínimos por parte da companhia – dois voos diários, ida e volta.
A presumível decisão poderá fazer com que a TAP acabe por não cancelar qualquer uma das viagens programadas de e para o Funchal em pleno período de greve dos tripulantes de cabine. O recurso de última hora merece algumas críticas por parte do pre- sidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, estrutura sindical responsável pela paralisação.
Que eu me lembre existe também a Portugália e a Portugália por muito que alguns pareçam esquecer pertence ao grupo TAP. A Portugália não está englobada na greve dos tripulantes de cabine, portanto, irá fazer voos para Paris, Alemanha, Londres, Madeira e Açores. Se a TAP quiser manter os três voos diários entre Funchal e Lisboa o sindicato não se opõe, nem vai dizer que é uma atitude contra a greve. É uma questão operacional e que o sindicato respeita, mas que tenta contornar e insuflar a greve. Ricardo Penarroias
O sindicalista até invocou aquelas que foram as palavras recentes de Miguel Albuquerque para clarificar o seu ponto de vista sobre os serviços mínimos, admitindo que a Madeira até nem poderia necessitar da TAP durante estes dois dias.
É uma questão constitucional. Temos de respeitar os serviços mínimos, agora eu recordo, no caso da Madeira, as palavras de certos governantes que a importância da TAP era relativa ou era quase insignificante. A verdade é que o Tribunal Arbitral não tem a mesma opinião que alguns dirigentes políticos da ilha. Paralelamente a isso, com a abertura do espaço aéreo da Madeira e dos Açores várias companhias efectuam voos regulares, várias vezes ao dia, entre Lisboa, Porto e as ilhas. Ricardo Penarroias
