Consumo de energia subiu 4,4% em 2021 mas ficou abaixo de 2019
Construção foi o sector da actividade económica com a maior subida no consumo de energia (24,3%)
A produção bruta de energia eléctrica na Região Autónoma da Madeira em 2021 ficou-se pelos 888,4 GWh, representando um aumento, face a 2020, de 5,2%, informou esta terça-feira a Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM).
"Apesar deste crescimento, o nível de 2019 ainda não foi atingido, mostrando a comparação com esse ano, uma variação de -2,6%", ressalva o organismo.
No ano passado, 71,5% da produção de energia foi de origem térmica, 15,3% de origem eólica, 9,4% de origem hídrica e 3,8% de origem fotovoltaica.
Estes dados sobre a produção bruta, o consumo e o número de consumidores de energia eléctrica na Região Autónoma da Madeira, com referência a 2021. foram compilados pela DREM na sequência da informação divulgada pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) no passado dia 30 de Novembro.
O consumo final de energia eléctrica fixou-se nos 798,5 GWh, o que representou um aumento de 4,4% comparativamente a 2020 e uma redução de 2,9% face a 2019.
O consumo doméstico (que representou 35,4% do consumo total) aumentou 4,5% entre 2020 e 2021, tendência igualmente verificada no consumo não doméstico (+4,4%), nomeadamente aquele consumo relacionado com as diferentes atividades económicas.
Assim, a “Construção” (+24,3%) foi o sector com a maior subida no consumo de energia, seguido das “Indústrias extractivas” e do “Alojamento, restauração e similares” com +19,0% e +17,6%, respectivamente, indica a DREM.
Oeste da ilha está a consumir mais energia
Os municípios no Oeste da Madeira registaram os aumentos mais pronunciados, variando entre os 10,0% na Ribeira Brava, 8,8% na Calheta e 8,1% na Ponta do Sol.
Relativamente ao número de consumidores de energia eléctrica, verificou-se em 2021, na RAM, um aumento de 1.225 (+0,9%) face a 2020, fixando-se o seu total nos 142.402, constituindo o registo mais elevado de sempre.
Por município, Calheta (+17,6%) liderou os aumentos, tendo os restantes municípios sofrido variações marginais (entre os -1,0% em Santana e os +0,2% na Ponta do Sol e em Santa Cruz).