País

Ventura pede demissão de ministro João Gomes Cravinho após detenções na Defesa

None

O presidente do Chega defendeu hoje a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, anterior titular da Defesa Nacional, na sequência de uma operação da Polícia Judiciária no seu anterior ministério que resultou em cinco detidos.

"Entendemos que João Cravinho já não tem condições de se manter como ministro e é isso que transmitiremos ao primeiro-ministro, António Costa, durante a tarde de hoje", afirmou André Ventura.

Em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa, o líder do Chega considerou que o agora ministro dos Negócios Estrangeiros é "o principal responsável da situação que hoje se vive na Defesa, não obstante já não ser ele o titular da Defesa".

Cinco detidos num total de 19 arguidos é o resultado de uma operação hoje realizada pela PJ, nomeadamente no Ministério da Defesa, em Lisboa por suspeitas de corrupção e outros crimes no exercício de funções públicas.

De acordo com a CNN Portugal, um dos detidos é Alberto Coelho, antigo diretor-geral de Recursos da Defesa Nacional.

"Em 2018 e 20019 tivemos notícias do Ministério Público junto do Tribunal de Contas de que havia derrapagens severas. Aquando da mudança de ministério, por pressão de Marcelo Rebelo de Sousa, João Cravinho transita da Defesa para os Negócios Estrangeiros e faz rasgados elogios ao seu antigo diretor de Recursos de Defesa Nacional. Foi repetidas vezes questionado sobre isso, decidiu nada fazer e o Governo decidiu nada fazer", criticou hoje André Ventura.