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Saiba o que hoje é notícia

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A seleção portuguesa de futebol defronta a Suíça no último jogo dos oitavos de final do Mundial2022, procurando assegurar uma vaga nos 'quartos' pela terceira vez na história e 16 anos depois da última qualificação.

Tanto em 1966 como em 2006, a equipa das 'quinas' atingiu os quartos de final, sendo que na primeira ocasião a prova ainda não contemplava a realização de oitavos de final. Em ambos os casos, Portugal acabaria por chegar às meias-finais, ficando em terceiro lugar em Inglaterra e em quarto na Alemanha.

Este será o terceiro confronto entre as duas seleções este ano, na sequência dos dois realizados para a Liga das Nações, ambos no espaço de uma semana, em junho, com Portugal a vencer por 4-0 em Alvalade e, uma semana volvida, a ser derrotado por 1-0, em Genebra.

Para o duelo com os helvéticos, Fernando Santos deverá operar vários regressos ao 'onze' relativamente ao apresentado com a Coreia do Sul, nomeadamente Rúben Dias, Raphaël Guerreiro, William Carvalho, Bruno Fernandes, Bernardo Silva e João Félix, que se juntarão a Diogo Costa, João Cancelo, Pepe, Rúben Neves e Cristiano Ronaldo.

Portugal e Suíça defrontam-se no último dos oito jogos dos oitavos de final, a partir das 22:00 locais (19:00 em Lisboa), no Estádio de Lusail.

Antes, a partir das 18:00 locais, Marrocos e Espanha também disputam um lugar nos 'quartos', em Al-Rayyan, sendo que o vencedor irá defrontar portugueses ou suíços na próxima ronda.

Hoje, também é notícia:

ECONOMIA

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse à Lusa estar expectante que a assembleia-geral de hoje confirme a greve de quinta e sexta-feira na TAP e ameaça já com novas paralisações.

"Desta assembleia, o que espero é confirmar os dias [de greve em] 08 e 09 [de dezembro] e, muito provavelmente, mais dias de greve", disse o presidente do SNPVAC, Ricardo Penarroias.

A TAP e os sindicatos encontram-se em negociações para a revisão do Acordo de Empresa (AE), no âmbito do plano de reestruturação.

Descontentes, os tripulantes da TAP, em assembleia geral de emergência do SNPVAC, em 03 de novembro, decidiram avançar com uma greve, bem como "recusar liminarmente a proposta de novo acordo de empresa (AE)" apresentada pela companhia aérea, que consideram "absolutamente inaceitável e manifestamente redutora".

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Os ministros das Finanças da União Europeia vão discutir hoje a recente recomendação da Comissão Europeia de suspender 7,5 mil milhões de euros em fundos de coesão à Hungria, mas uma decisão final só deverá ser tomada na próxima semana.

Menos de uma semana após a inédita decisão do executivo comunitário de propor formalmente ao Conselho a suspensão do pagamento de 65% das autorizações para três programas operacionais no âmbito da política de coesão, num montante de 7,5 mil milhões de euros, no quadro do mecanismo de condicionalidade, por alegadas violações do Estado de direito, esta questão dominará a reunião de hoje do Conselho Ecofin.

Contudo, várias fontes europeias apontam como pouco provável a adoção de uma decisão já hoje, com alguns Estados-membros a defenderem que a Comissão deve atualizar a avaliação das medidas adotadas entretanto por Budapeste, isto embora o parecer do executivo comunitário date de 30 de novembro passado, com base nas informações prestadas pelas autoridades húngaras até 19 de novembro, e hoje mesmo a Comissão tenha reiterado que os países da UE têm "todos os elementos de que necessitam" para se pronunciarem.

INTERNACIONAL

A primeira cimeira da União Europeia (UE) com os Balcãs Ocidentais na região decorre hoje na capital albanesa, em Tirana, com o foco nos impactos da guerra na Ucrânia e da crise energética, visando um "novo dinamismo" diplomático.

Naquela que é a primeira vez que um país dos Balcãs Ocidentais acolhe esta reunião de alto nível, juntam-se em Tirana chefes de Governo e de Estado dos 27 Estados-membros da UE, bem como da Albânia, Bósnia-Herzegovina, Macedónia do Norte, Montenegro, Kosovo e da Sérvia, depois de o Presidente sérvio ter retrocedido na sua intenção de falhar ao encontro por tensões com o primeiro-ministro kosovar.

Portugal estará representado no encontro pelo primeiro-ministro, António Costa.

Organizada para reafirmar a importância do alargamento do bloco a esta região, no contexto da guerra na Ucrânia e da crise energética, esta cimeira UE-Balcãs Ocidentais será "um claro sinal do contínuo compromisso de alto nível da UE em se empenhar com a região", referiu um alto responsável europeu.

Isso mesmo consta da Declaração de Tirana que será assinada pelos líderes dos 27 Estados-membros da UE e dos seis países da península balcânica, segundo o rascunho a que a agência Lusa teve acesso, no qual o bloco comunitário "reafirma o seu compromisso total e inequívoco com a perspetiva de adesão à UE dos Balcãs Ocidentais e apela à aceleração do processo de adesão".

O bloco comunitário reafirma, porém, a necessidade de os seis países realizarem "reformas credíveis", para preencherem os critérios de adesão.

Em 2013, a Croácia tornou-se o primeiro país dos Balcãs Ocidentais a aderir à UE, sendo que o Montenegro, a Sérvia, a Macedónia do Norte e a Albânia são oficialmente países candidatos.

Entretanto, foram iniciadas negociações e abertos procedimentos de adesão com o Montenegro e a Sérvia, enquanto a Bósnia-Herzegovina e o Kosovo são candidatos potenciais à adesão.

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Os eleitores da Geórgia escolherão hoje entre o Democrata Raphael Warnock e o Republicano Herschel Walker para ocupar o último assento vago do Senado norte-americano, após nenhum dos candidatos ter alcançado a maioria nas intercalares de 08 de novembro.

O senador em exercício, o reverendo Democrata Raphael Warnock, enfrentará novamente a ex-estrela de futebol americano Herschel Walker, apoiado por Donald Trump, desta vez numa votação sem um terceiro candidato.

O controlo do Senado não depende desta eleição, uma vez que os Democratas já garantiram a maioria através dos 50 assentos que conseguiram nas intercalares, que se juntam ao voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris.

O resultado também será um teste inicial à recém-lançada campanha presidencial de Donald Trump para 2024, uma vez que o ex-chefe de Estado declarou abertamente apoio a Herschel Walker.

LUSOFONIA & ÁFRICA

O Tribunal Regional de Bissau deverá começar hoje a julgar 25 pessoas acusadas de envolvimento na tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro na Guiné-Bissau, mas o advogado da maioria dos detidos antevê um adiamento.

Entre as 25 pessoas que vão a julgamento encontram-se o ex-chefe do Estado-Maior da Armada guineense, o vice-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, e Tchami Yala, Domingos Yogna e Papis Djemé. Estes três últimos serão julgados à revelia por se encontrarem em fuga.

Os 25 detidos são acusados de tentativa de golpe de Estado e do assassínio de 11 pessoas, na sua maioria elementos da equipa de segurança do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Em 01 de fevereiro um grupo de homens armados atacou o Palácio do Governo enquanto decorria uma reunião do Conselho de Ministros, em que participava o Presidente guineense, bem como vários membros do Governo da Guiné-Bissau.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos tem acusado o Estado de "sequestrar" 17 pessoas que continuaram detidas, mesmo depois de vários despachos do juiz de instrução criminal e do Ministério Público a ordenar a sua libertação ou a impor medidas de coação menos gravosas.

Em declarações à Lusa, na segunda-feira, o advogado Marcelino Intupé, que representa 18 arguidos, entre militares e civis, disse que o julgamento deverá ser adiado com base em "manobras em curso" por parte do poder político para transferir o processo do Ministério Público para a Promotoria da Justiça Militar.

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O presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, começa hoje a ouvir os partidos com assento parlamentar para tentar um consenso político sobre a caducidade da direção da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

O presidente do parlamento vai reunir-se com o Partido da Nova Democracia, com a União para a Mudança e com a Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau, liderada pelo primeiro-ministro guineense. Na quarta-feira, reúne-se com o Partido de Renovação Social, com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) e com o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

O presidente da CNE da Guiné-Bissau foi eleito em março de 2018 para um período de quatro anos, mas, entretanto, deixou o cargo para assumir funções como presidente do Supremo Tribunal de Justiça.

O secretariado executivo da CNE, órgão colegial permanente da direção, é composto por um presidente, um secretário-executivo e dois secretários-executivos adjuntos, que são "eleitos por dois terços dos deputados" do parlamento em efetividade de funções para um mandato de quatro anos, renovável por igual período.

O Presidente guineense dissolveu a Assembleia Nacional em maio e marcou eleições legislativas para 18 de dezembro, mas o Governo, após encontros com os partidos políticos, propôs que estas fossem adiadas para maio.

Umaro Sissoco Embaló ainda não anunciou uma nova data para as eleições e na quarta-feira reuniu-se com alguns partidos com assento parlamentar para tentar arranjar um consenso para resolver a questão da CNE.

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Luanda inicia hoje os trabalhos de preparação da 10.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP), que inclui 79 países-membros e cuja presidência vai ser assumida por Angola.

O programa vai ser apresentado pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte Antonio, coordenador do grupo de trabalho, criado pelo Presidente angolano, João Lourenço, para a preparação, coordenação e organização das tarefas relacionadas com as responsabilidades de Angola no evento.

O encontro inclui exposições, fóruns e eventos pré-cimeira que antecedem a cimeira propriamente dita, que se inicia na sexta-feira e termina no sábado.

"Três Continentes, Três Oceanos, um Destino Comum: Construir uma Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico Resiliente e Sustentável" é o lema deste encontro, em que Angola vai assumir a presidência da organização por um período de três anos.

Pelo menos 79 Estados-membros oriundos dos três continentes devem participar nesta cimeira, que será a primeira a realizar-se depois da transformação do Grupo ACP em organização internacional.