Venezuela afirma que corte na produção de petróleo da OPEP é balanço necessário
O ministro do Petróleo da Venezuela, Tarek El Aissami, congratulou-se, no domingo, com a decisão da OPEP+ de continuar a aplicar "um ajuste" (corte) de dois milhões de barris na produção de crude, por ser "um balanço necessário" para o mercado.
"Isso, evidentemente, vai ser um balanço necessário para sustentar um preço justo e equilibrado no mercado petrolífero", disse o ministro venezuelano num vídeo divulgado na sua conta do Tiktok.
No vídeo, Tareck El Aissami comentou o resultado do 185.º encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que terminou hoje, e em que se analisaram as incertezas que têm influenciado a volatilidade dos preços, pelo menos durante os últimos dois meses.
Como exemplo dos desafios, Tareck El Aissami referiu "as novas políticas restritivas impostas pelo Governo chinês para travar uma nova onda de contágios da covid-19, as políticas monetárias permanentes impostas pelos bancos centrais dos EUA e da Europa para também conter a inflação, entre outras variáveis", explica.
El Aissami criticou "a medida nefasta aprovada pela União Europeia de fixar um preço máximo para o crude russo".
"A partir da Venezuela, temos denunciado que este tipo de medidas coercivas, as chamadas sanções, também têm gerado graves perturbações, uma vez que somos países necessários, que fazemos parte de uma equação necessária para o equilíbrio energético mundial", afirmou o político venezuelano.
Segundo El Aissami, "contudo, a insensatez do Ocidente, a irracionalidade de alguns países, a soberbia imperial e a visão neocolonial que persiste no Ocidente conduzem à tomada de decisões tão graves como estas".