Zelensky garante que maioria dos mísseis russos foi derrubada
A defesa antiaérea ucraniana "derrubou a maioria dos mísseis" disparados hoje pela Rússia, assegurou o Presidente Volodymyr Zelensky, enquanto o seu homólogo russo, Vladimir Putin, era informado sobre incidentes em duas bases aéreas.
As sirenes de alerta de bombardeamentos voltaram a soar em várias partes da Ucrânia, esta manhã, depois de vários mísseis russos terem caído no sul do país, embora Zelensky assegure que a maioria deles foi destruída pelas defesas antiaéreas.
"A defesa aérea derrubou a maioria dos mísseis. Os engenheiros de energia já começaram a restaurar a energia. O nosso pessoal nunca desiste", disse Zelensky na rede social Instagram, referindo-se à resistência ucraniana perante uma nova onda de bombardeamentos russos.
Entretanto, o Presidente russo, Vladimir Putin, foi informado de incidentes em duas bases aéreas nas regiões de Saratov e Ryazan, no centro do país, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
"O Presidente recebe regularmente informações, vindas dos serviços competentes, sobre tudo o que está a acontecer", disse Dmitry Peskov.
De acordo com vários meios de comunicação russos, duas bases aéreas, incluindo uma destinada à aviação estratégica usada para realizar ataques contra a Ucrânia, foram abaladas por explosões.
Os 'media' russos acusam a Ucrânia de estar por detrás das explosões, embora ambos as bases estejam localizadas a centenas de quilómetros da fronteira ucraniana.
Kiev não reivindicou a responsabilidade por nenhuma das explosões e as autoridades russas estão a investigar as explosões ocorridas nos aeródromos militares.
"Três pessoas morreram, outras cinco ficaram feridas, duas das quais em estado grave", disse, em declarações à agência oficial russa TASS, fonte do aeródromo situado na região de Ryazan, a cerca de 200 quilómetros de Moscovo.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.