Porto-santenses conscientes das dificuldades do aumento do custo de vida
Os porto-santenses estão conscientes que a vida não está fácil e que tudo está a aumentar e que, por conseguinte, começa a faltar dinheiro para algumas coisas essenciais.
O ex-autarca Idalino Vasconcelos conhece bem a população e alertou que após o eclodir da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, “no que se refere aos preços da alimentação e também os combustíveis aumentaram substancialmente, e igualmente os produtos de primeira necessidade”.
“A população com menos capacidade económica está a deixar de comprar porque não têm hipóteses de ter alguns produtos”, disse.
Idalino Vasconcelos disse que as pessoas já começaram a seleccionar o que é mais prioritário. As viagens podem ser agora “congeladas” até melhores dias, “as pessoas têm que pensar bem onde vão gastar o seu dinheiro e as viagens vão ser a última coisa que vão realizar, uma vez, que estão com medo dos efeitos da guerra”.
Aldónio Correia, empresário da informática, já está a sentir o perder de compra por parte dos seus clientes: "Já sinto o custo de vida a aumentar e as pessoas já estão a retrair-se”.
“A inflação está aí e as pessoas estão mais renitentes em gastar o dinheiro. Notamos, por exemplo, que este mês, procuram os equipamentos informáticos, mas neste momento, as procura estão muito baixas”, disse ao DIÁRIO.
O empresário revelou que as coisas podem piorar ainda mais: "As previsões são essas. As perspectivas não são nada boas”.
Já uma cidadã disse que é da opinião que, “em alguns produtos já sentimos aumentos, principalmente na alimentação”.
A mulher afirmou ser da opinião que o custo de vida ainda pode piorar, “talvez, no início do ano de 2023, mas também pode ser que a guerra possa ser um pretexto para o aumento de certos produtos, talvez não fosse necessário tanto”.