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Marcelo recebeu vice-primeira-ministra ucraniana em Brasília em tempo de "preparar o futuro"

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu hoje na embaixada de Portugal em Brasília a vice-primeira-ministra da Ucrânia, num momento que considerou propício para "trocas de impressões" e para "preparar o futuro".

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "o Brasil tem uma posição importante na preparação desse futuro" das relações económicas, sociais, políticas e diplomáticas com a Ucrânia e na procura de uma solução que garanta paz sustentada.

O encontro com a vice-presidente da Ucrânia, Iryna Verenshchuc, realizou-se na véspera da posse de Lula da Silva como Presidente do Brasil, numa altura em que se concentram em Brasília dezenas de responsáveis políticos estrangeiros, e durou cerca de uma hora.

No fim, o chefe de Estado prestou declarações aos jornalistas, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e pelo embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, e relativizou a importância das posições anteriormente assumidas no Brasil, incluindo por parte de Lula da Silva, em relação à invasão russa da Ucrânia.

"Eu não ficava preso àquilo que foram as posições há dois meses, há três meses, há quatro meses, não, o que é que se pode fazer em conjunto a pensar no futuro", sugeriu.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o importante agora "não é propriamente a conversa sobre o passado", mas sim o "processo de encarar o futuro e de preparar o futuro".

"Como é que vão ser as relações económicas e sociais entre o resto do mundo e a Europa e concretamente a Ucrânia, como é que vão ser as relações políticas e diplomáticas, como é que se prepara aquilo que todos nós queremos: é que haja uma solução que respeite os princípios do direito internacional, mas que garanta a paz e a segurança o mais sustentadamente possível no futuro", acrescentou.

Segundo o Presidente da República, "aí a proximidade das posições já é diferente" e Lula da Silva "foi sempre muito cuidadoso ao mostrar abertura e flexibilidade de diálogo, de conversa para preparar esse futuro".

"E o Brasil tem uma posição importante na preparação desse futuro. Como tem, noutros continentes, só para falar de um país de expressão oficial portuguesa, Angola. E o estarmos aqui todos e falarmos sobre uma realidade que é comum e que nos preocupa a todos abre caminhos, vai abrindo caminhos", considerou.