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Biden recorda "teólogo de renome"

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O Presidente norte-americano, Joe Biden, lamentou a morte do papa emérito Bento XVI, que morreu hoje aos 95 anos, recordando um "teólogo de renome com uma vida de devoção à igreja".

"Será sempre relembrado como um teólogo de renome com uma vida de devoção à igreja, guiado pelos seus princípios e pela sua fé", refere o chefe de Estado num comunicado divulgado hoje no portal da Casa Branca.

Biden recordou a sua visita ao Vaticano em junho de 2011, enquanto vice-presidente de Barack Obama, bem como a passagem do pontífice pela Casa Branca, em 2008.

"Tive o privilégio de passar tempo com o papa Bento XVI no Vaticano em 2011 e irei sempre lembrar-me da sua generosidade, assim como da nossa conversa relevante", acrescentou.

Na mensagem em que disse juntar-se ao luto "dos católicos pelo mundo e a muitos outros", Biden citou ainda a mensagem de Bento XVI na Casa Branca, em 2008, na qual o então líder da Igreja Católica referiu que "a necessidade da solidariedade global é mais exigente que nunca se todas as pessoas desejam viver de modo adequado a sua dignidade".

O papa emérito Bento XVI abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, a 11 de fevereiro de 2013, dois meses antes de comemorar oito anos no cargo.

Joseph Ratzinger, que foi papa entre 2005 e 2013, nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, tornando-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.

Os abusos sexuais a menores por padres e o "Vatileaks", caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram temas que agitaram o seu pontificado.

Bento XVI classificou os abusos como um "crime hediondo" e pediu desculpa às vítimas.

O funeral de Bento XVI realiza-se na quinta-feira, na Praça de São Pedro, no Vaticano, às 9:30 locais (08:30 em Lisboa), numa celebração presidida pelo Papa Francisco.