A Guerra Mundo

Defesa aérea do país pode tornar-se "na mais poderosa da Europa"

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Foto EPA

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que a defesa aérea ucraniana será a "mais forte" e "eficaz" no próximo ano, ao ponto de poder tornar-se "na mais poderosa da Europa".

"Este ano, não só mantivemos as nossas defesas aéreas, mas fortalecemo-las mais do que nunca. No novo ano, a defesa aérea ucraniana será ainda mais forte, ainda mais eficaz", afirmou Zelensky, no habitual discurso de última hora, citado pela agência EFE.

Zelensky acredita que "a defesa aérea ucraniana pode tornar-se na mais poderosa da Europa", o que constituirá uma "garantia de segurança", não só para a Ucrânia, "mas também para todo o continente".

Sobre a guerra, o presidente ucraniano disse que "o principal" está nas regiões de Donetsk, Lugansk e Donbass, "onde acontecem as batalhas mais ferozes".

Zelensky assegurou que, de forma geral, o exército ucraniano mantém as suas posições, embora também haja zonas na frente onde avança "lentamente".

Em relação à situação energética, o governante disse que tem "uma estratégia clara" para assegurar a produção e fornecimento de energia elétrica.

"É preciso tempo para implementá-la. É preciso muito esforço. Mas será. É uma das tarefas mais importantes no próximo ano, e não tenho qualquer dúvida de que vamos conseguir", afirmou.

No final do discurso, Zelensky agradeceu o trabalho de todos os militares e cidadãos que lutam pela Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.