A Guerra Mundo

Rússia diz ter impedido "ataque terrorista" ucraniano no Cáucaso

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Foto AFP

As autoridades russas dizem ter impedido um "ataque terrorista" no norte do Cáucaso e anunciaram que a cidade ocupada de Nova Kakhovka, na região de Kherson, foi atingida por artilharia ucraniana, deixando-a sem eletricidade.

Moscovo disse que impediu um "ataque terrorista" no distrito federal do norte do Cáucaso e sublinhou que o alegado autor, que foi detido, atuou sob ordens dos serviços especiais da Ucrânia.

O Serviço Federal de Segurança (FSB) indicou que o detido é um cidadão ucraniano que apoia "ideologias nacionalistas" e que entrou no país com uma autorização de trabalho.

A agência sublinha que o suspeito confessou o seu papel nestes planos e acrescentou que as autoridades abriram um processo judicial contra o homem, cuja identidade não foi revelada.

Entretanto, o Governo russo da cidade ocupada de Nova Kakhovka, na região ucraniana de Kherson, nas margens do rio Dnieper, anunciou que a cidade ficou sem eletricidade devido a um ataque ucraniano.

Nos últimos dias, a Rússia tem denunciado vários ataques da artilharia ucraniana contra as cidades sob controlo de Moscovo que estão localizadas na margem esquerda do Dnieper.

A travessia do Dnieper é, há vários meses, um dos grandes objetivos do Exército ucraniano, mas a tarefa tem sido dificultada pela concentração de forças russas e pela ausência de uma passagem segura.

Tanto Nova Kakhovka como outras cidades da margem esquerda do rio iniciaram, no início deste mês, um processo de retirada da população civil em direção à cidade russa de Tuapse, na região de Krasnodar, a 500 quilómetros de Kherson, através da península da Crimeia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.