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NATO elogia líderes kosovares e sérvios pelos esforços para reduzir tensões no Kosovo

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A NATO elogiou quinta-feira "os esforços para reduzir as tensões no norte do Kosovo" entre este país e a Sérvia, assegurando que a missão da Aliança Atlântica no terreno está "preparada para intervir se necessário".

"Saudamos os esforços para reduzir as tensões no norte de Kosovo. Esperamos que todas as partes honrem os seus compromissos", sublinhou a porta-voz da NATO, Oana Lungescu, através da rede social Twitter.

As forças de paz desta organização no Kosovo estão "a acompanhar de perto" a situação e prontas "para intervir se necessário, de acordo com o mandato das Nações Unidas para manter a liberdade de deslocação", acrescentou.

A reação da Aliança Atlântica soma-se à da União Europeia, que também elogiou o facto de a diplomacia ter permitido "reduzir as tensões" no Kosovo, salientando a "liderança responsável" dos líderes dos dois países.

"A diplomacia prevaleceu na redução das tensões no norte do Kosovo. A violência nunca pode ser a solução", destacou o alto-representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell.

O chefe da diplomacia europeia salientou a "liderança responsável do Presidente [da Sérvia, Aleksander] Vucic e do Primeiro Ministro [do Kosovo, Albin] Kurti."

"Precisamos agora de progressos urgentes no diálogo", frisou o diplomata espanhol.

Borrell também destacou o "trabalho em equipa" das forças da UE, dos EUA e da NATO no Kosovo.

O Presidente da Sérvia, país que não reconhece a independência do Kosovo, levantou hoje o alerta de nível máximo em que tinha colocado o seu Exército há dois dias, devido à diminuição das tensões com o Kosovo, informou a agência sérvia Tanjug.

O alerta máximo das Forças Armadas e de segurança da Sérvia foi decretado na sequência de uma medida idêntica do Kosovo.

A reversão da medida segue-se a notícias de que os sérvios do Kosovo começaram hoje a retirar as barricadas que impediam a passagem no acesso à fronteira com a Sérvia.

A retirada das barricadas foi saudada pela chefe da Missão de Administração Interina das Nações Unidas no Kosovo (UNMIK, na sigla em inglês).

A agência estatal russa TASS, que citou a Tanjung ao noticiar o fim do estado de alerta, disse que a situação se agravou no início de dezembro, quando forças especiais kosovares, "acompanhas por patrulhas da missão da União Europeia", tomaram instalações das comissões eleitorais no norte do Kosovo.

Antes, em novembro, 600 membros da minoria sérvia do Kosovo, que faziam parte das forças policiais e da administração pública, tinham-se demitido na sequência do anúncio das autoridades kosovares de que iam proibir a circulação de veículos com matrículas provenientes da Sérvia.

A tensão agravou-se nos dias seguintes e, em 10 de dezembro, várias centenas de sérvios do Kosovo montaram bloqueios e paralisaram o tráfego em dois pontos importantes da fronteira com a Sérvia.

O Kosovo, habitado sobretudo por albaneses étnicos, tornou-se unilateralmente independente da Sérvia em 2008, na sequência de uma guerra entre independentistas e guerrilheiros de Belgrado.

A Sérvia não reconhece a independência do Kosovo.