Caetano e Iglesias entre figuras da Cultura que lamentaram morte de Pelé
Os cantores Caetano Veloso, Julio Iglesias e Carlinhos Brown estão entre as personalidades da Cultura que recorreram às redes sociais para lamentar a morte do antigo futebolista Pelé, na quinta-feira, aos 82 anos.
Caetano Veloso, no Twitter, fala num "dia triste para o Brasil". O cantor recorda ter escrito um tema que fez inspirado em palavras de Pelé, "Love love love", que faz parte do álbum "Muito -- dentro da estrela azulada", editado em 1978.
Júlio Iglesias, no Instagram, recorda o "queridíssimo amigo" com quem viveu "tantas aventuras bonitas, tempos inesquecíveis".
"Hoje todas essas recordações voltam e enchem-me de tristeza, hoje partiste, mas jamais te iremos esquecer. Não foste apenas o rei do futebol, mas também o rei do amor com uma vida exemplar. Foste amigo dos teus amigos e tenho a certeza que o mundo está consternado, mas o teu espírito fica em todos nós de uma maneira universal. Mestre dos mestres, que deus te guarde", escreveu cantor, que em tempos também foi futebolista profissional.
Carlinhos Brown escreveu no Twitter um pequeno poema em homenagem a Pelé: "Minha infância agradecida viu pela lama, viu pela grama, viu a bola pela vida, viu a pele arrepiada, ouviu os batuques do rumpilé, e em tudo isso eu vi Pelé. E continuo sentido Pelé. O Rei mais legítimo do Brasil. Esse não era só majestade com os pés".
O cantor Djavan salientou no Instagram que "todo o fã de futebol também é fã de Pelé -- sobretudo os que tiveram a sorte de vê-lo jorgar". "Pelé transcendeu o desporto e fez arte com os pés! Sempre será um gigante! Obrigado", escreveu.
Também o cantor e compositor Zeca Pagodinho agradeceu a Pelé. "Por tanta alegria que você nos proporcionou", lê-se numa publicação no Twitter, acompanhada de um vídeo de um encontro que Zeca Pagodinho teve "com o rei, nos bastidores de um show em Las Vegas", nos Estados Unidos.
A cantora, atriz e apresentadora Preta Gil, filha de Gilberto Gil, afirmou no Twitter que "o rei é eterno", e o cantor Alejandro Sanz, na mesma rede social, que Pelé "elevou o futebol à sua essência máxima" e é "eterno".
A escritora Glória Perez partilhou no Twitter uma foto com Pelé e recordou que o futebolista "gravou novelas" da sua autoria. "Um dia ligou dizendo que queria cantar, e cantou no bar de dona Jura [da telenovela da TV Globo "O Clone", que foi exibida em Portugal na SIC]. A foto é de um desses encontros", partilhou.
O artista visual e muralista Eduardo Kobra partilhou no Instagram a imagem de um mural de Pelé que pintou em São Paulo e escreveu: "Rei para sempre".
O antigo futebolista brasileiro Edson Arantes do Nascimento, conhecido como Pelé, morreu na quinta-feira, aos 82 anos, no hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, na sequência da "falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do cancro do cólon associado à sua condição clínica prévia", segundo aquele estabelecimento hospitalar, em comunicado.
Pelé estava internado desde o dia 29 de novembro no naquele hospital para tratamento de quimioterapia a um tumor no cólon e tratamento de infeção respiratória, e o seu estado de saúde agravou-se na última semana.
Pelé, nascido a 23 de outubro de 1940 na cidade Três Corações, em Minas Gerais, foi o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, marcou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira e jogou pelo clube brasileiro Santos e pelo New York Cosmos, dos Estados Unidos.
Foi ainda ministro do Desporto no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998 e eleito o desportista do século pelo Comité Olímpico internacional (1999) e futebolista do século pela FIFA (2000).