Problema do ‘bloom’ é legal e não operacional
Albuquerque garante que a Região está preparada para dar resposta ao nível de internamentos
O presidente do Governo Regional da Madeira voltou hoje a ser confrontado com a problemática dos consumidores de ‘bloom’ na Região e reiterou a convicção que a resolução do problema está na limitação legal e não na questão operacional em poder dar resposta adequada ao crescente número de doentes desta droga.
“Está tudo a abarrotar, mas há sempre lugar porque nós temos feito investimentos”, reagiu Miguel Albuquerque, para reforçar a certeza que haverá capacidade de resposta instalada caso os consumidores aceitem internamento para serem tratados ou o poder judicial autorize que estes possam ser internados compulsivamente.
“O internamento não é o problema. O problema neste momento não é um problema operacional. Os problemas operacionais nós resolvemos”, insistiu, dando a entender que a Região está preparada, caso seja necessário, em criar áreas de internamento para este doentes.
“O problema é como é que vamos proceder”, ao lembrar que são os especialistas na matéria que defendem que “o tratamento deve ser feito com acompanhamento permanente e com internamento”. Condição que implica o consentimento do doente ou na recusa deste, apenas com decisão judicial para que as autoridades de saúde possam proceder ao internamento compulsivo. Ou seja, o problema é legal e não operacional. Como “só pode ser resolvido em articulação com o poder judicial”, as autoridades ficam ‘reféns’ desse consentimento, mesmo salvaguardados os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Conclui que “propaganda, conversa fiada e extravasar emoções não resolve nada”.
“Se é para tratar as coisas como devem ser feitas temos que ter os instrumentos e os mecanismos para fazê-lo. Senão podemos falar muito, fazer conferências de imprensa e dizer que temos muita pena dessas pessoas, mas nada é resolvido à boa maneira portuguesa”, concretizou.