Voo cancelado para o Porto Santo deixa perto de 400 em terra
Em Lisboa ficaram cerca de 220 pessoas, em sentido inverso, rumo à capital, seguiam mais de 160 passageiros. Foram apresentadas duas alternativas: regresso no dia 1 de Janeiro, em novo voo directo para o Porto Santo, ou então apenas dia 30 de Dezembro para o Funchal.
Este é mais um revés no número de pessoas que vão assinalar a passagem de ano na Ilha Dourada. Bruno Martins, director do Hotel Vila Baleira, regista uma ocupação a rondar os 30%, muito abaixo do ano passado.
A ligação semanal da easyJet proveniente de Lisboa e com destino ao Porto Santo foi ontem cancelada, alegadamente devido à falta de elementos para compor a tripulação no voo operado pela companhia aérea inglesa.
O avião deveria ter descolado do Aeroporto Humberto Delgado às 18h35 rumo à Ilha Dourada, mas a companhia viu-se obrigada a cancelar a viagem, tal como avançou Jordão Alves, proprietário da ‘Dunas’, agência de viagens porto-santense.
“A mensagem que recebemos aqui na agência foi de que o voo tinha sido cancelado devido ao mau tempo, mas não esteve mau tempo no Porto Santo ou em Lisboa. Entretanto, houve um passageiro que recebeu uma mensagem de que o voo estava atrasado, cerca de três horas, por falta de tripulação, e depois acabaram por cancelar”, indicou.
Em Lisboa ficaram em terra cerca de 220 pessoas que deveriam ter chegado ontem ao Porto Santo pelas 20 horas. Em sentido inverso, rumo à capital, seguiam mais de 160 e, ao todo, perto de 400 foram afectados pelo cancelamento.
Estamos a falar de muitos turistas e professores - ou residentes na ilha que têm família em Lisboa - que foram passar o Natal ao continente, e que vinham agora para passar o fim-do-ano no Porto Santo. O avião estava quase cheio. Falaram em 223 pessoas que vinham e a ida para Lisboa estava também bem composta com 162 passageiros. Jordão Alves
Jordão Alves esclarece ainda quais foram as alternativas propostas pela easyJet aos passageiros que ficaram em Lisboa. “Reembolso sem penalização, receber um voucher ou remarcar o voo. Só há alternativas para o dia 1 de Janeiro, em novo voo directo para o Porto Santo, ou então apenas dia 30 de Dezembro para o Funchal. O resto está tudo cheio”, afirmou.
Tímida ocupação hoteleira para a passagem do ano
Este é mais um revés no número de pessoas que vão assinalar a passagem de ano na Ilha Dourada. Bruno Martins, director do Hotel Vila Baleira, regista uma ocupação a rondar os 30%, muito abaixo do ano passado.
"Está abaixo daquilo que nós esperávamos, mas a dificuldade este ano foi arranjarmos aparelhos para realizar a operação charter no mercado nacional que habitualmente fazemos para a passagem do ano. Também do mercado italiano não tivemos uma grande procura, portanto, andamos à volta dos 30% de ocupação e no fim-do-ano com cerca de 200 pessoas, o que é metade daquilo que nós costumamos ter", precisou.
Bruno Martins destaca, por outro lado, a presença dos dinamarqueses, este Natal, no Porto Santo. "No caso do mercado dinamarquês, como nunca falhou, está tudo a correr bem", reforça.
Já os madeirenses também não se encontram em grande número na ilha, também fruto do grande cartaz apresentado pelo Funchal, com o seu famoso espectáculo pirotécnico.
Nós temos alguns madeirenses, embora a atracção do Funchal é sempre maior. Ainda assim, temos sempre aquela franja de pessoas que foge da confusão deste período e que se resguarda no Porto Santo para descansar e ter uma passagem de ano mais tranquila. É sempre bom promover para todas as pessoas esta passagem de ano, e por isso é que nós tivemos sempre à volta de 400 a 500 pessoas por esta altura, porque são pessoas que procuram este tipo de descanso. Bruno Martins