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29 de Dezembro

Estamos a 2 dias do que se convencionou ser o Fim-do-ano. Se “cavarmos” um pouco mais fundo, a comemoração ocidental tem origem em um decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1º de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. Mas isso, agora, não interessa nada. Atenhamo-nos ao presente, mais de 2 mil anos passados.

O temos nós para festejar? O “fim” de uma pandemia, que ainda por aí anda e perdurará, na sociedade, na economia, na saúde, nas famílias e cujo fim real ainda não é previsível.

A Paz no Mundo? No Iémen, (Considerado pela ONU “a maior crise humanitária do mundo”) cegos iemenitas recebem alimentos na capital Sanaaa, com o país devastada pela guerra e por uma grande insegurança alimentar. Depois da invasão da Ukrania, a 24 de Fevereiro, pela Rússia de Putin, o país continua em guerra, com o apoio de armas da Europa, dos Estados Unidos e de outros países, sem se vislumbrar um fim em vista, nem militar, nem diplomático.

A ACLED (Projeto de Dados de Localização e Eventos de Conflitos Armados) identificava, em 2022, pelo menos 22 países em Guerra.

Israelitas e Palestinos, Etiópia, (Considerado pela ONU “a maior crise humanitária do mundo”) Eritreia, Jibuti, Somáli, Sudão e Sudão do Sul, Nigéria, Ruanda, Mali, Burundi, República Democrática do Congo e Angola, Miannar, Afeganistão…

Síria, onze anos de guerra colocaram 90% da população na pobreza. Foi Considerada pela ONU, tal como o Iémen, “a maior crise humanitária do mundo”. A inflação ultrapassou os 140% e de metade das pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas. Quando o conflito completou 10 anos, em meados de 2021, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) contabilizava quase 500 mil mortos, sendo que 42 mil deles eram civis torturados nas prisões do regime. Embora o embate esteja mais estabilizado, no ano passado 3.882 pessoas morreram vítimas das disputas no país, das quais 1.558 eram civis, sendo 383 crianças. Mais de metade do País é controlado pelo regime de Bashar Al-Assad e apoiado por Putin. A situação da Síria, não está, de modo nenhum, estável.

Vou ficar por aqui.

Falemos de outras guerras: todos nós sentimos nos bolsos, não é preciso ser economista, basta ir ao mercado.

O que dizem os políticos: A OCDE alerta ainda para o impacto das pressões inflacionistas na Europa, prevendo que a inflação 9,3%o suba para 8,1% em 2022, uma revisão em alta de 1,1 pp. face a junho, e para 6,2% em 2023, mais 1,6 pp. do que anteriormente.

A Itália prevê uma expansão do PIB este ano de 3,4% (0,9 pp. face a junho) e 0,4% em 2023 (-0,8 pp.) e para Espanha de 4,4% (0,3 pp.) este ano e 1,5% (-0,6 pp.) em 2023.

A OCDE alerta ainda para o impacto das pressões inflacionistas na Europa, prevendo que a inflação suba para 8,1% em 2022, uma revisão em alta de 1,1 pp. face a junho, e para 6,2% em 2023, mais 1,6 pp. do que anteriormente.

OCDE prevê que a economia alemã cresça este ano 1,2% (-0,7 pp. do que em junho) e contraia 0,7 em 2023 (-2,4 pp. do que anteriormente) e a economia francesa avance 2,6% (0,2 pp. face a junho) em 2022 e 0,6 (-0,8 pp.) em 2023.

É previsível uma expansão da economia dos EUA de apenas 0,5%.

A Alemanha está em recessão. Outras grandes economias estão a caminho da estagnação.

Em Setembro a inflação atingiu os 9,3%, a maior dos últimos 30 anos.

Todas estas previsões estão com “uma significativa incerteza”…

Nem vamos referir os fantásticos discursos da maior parte dos nossos políticos no poder.

Basta sairmos à rua para comprar um alfinete, ou um batata, ou uma couve.