Madeira

Direcção da Saúde alerta para os riscos do consumo de álcool

"Não existe uma quantidade saudável, nem um consumo seguro de álcool"

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A Direcção Regional da Saúde alertou esta terça-feira, 27 de Dezembro, para os riscos do consumo de bebidas alcoólicas, apelando que a celebração desta época festiva seja "genuína, mas sem excessos que possam pôr em risco a segurança e o bem-estar" das pessoas.

Em nota emitida, a direcção começa por explicar que o álcool é "uma substância psicoactiva legal, que afecta o equilíbrio químico do cérebro", sendo utilizado "como fonte de prazer e para relaxar". 

"Não existe uma quantidade saudável, nem um consumo seguro de álcool. Qualquer quantidade de álcool consumido é prejudicial à saúde, mas o efeito nocivo aumenta com a quantidade de álcool ingerida", pode ler-se no comunicado. 

O consumo de álcool é uma das principais causas de doença e morte prematura, a nível mundial. Afecta o nosso comportamento, atitudes, reflexos e capacidade de julgamento e pode colocar-nos em situações que comprometem a nossa saúde física e psicológica. É um factor de risco importante de várias doenças, entre as quais, neoplasias, doenças cardíacas, cerebrovasculares, hepáticas, VIH/SIDA, tuberculose, ansiedade e depressão. Acrescem aos danos para a saúde, prejuízos sociais e económicos significativos para os indivíduos e para a sociedade em geral, nomeadamente o aumento dos níveis de criminalidade, violência doméstica, sinistralidade rodoviária, acidentes laborais, exclusão social, impacto negativo no emprego, na produtividade e nas relações familiares e sociais. Direcção Regional da Saúde

A Direção Regional da Saúde destaca a importância de evitar o consumo excessivo do álcool, lembrando que existem circunstâncias em que o seu consumo não deve ocorrer de forma alguma. 

Condições/situações em que o consumo de álcool não deve acontecer, segundo a DRS: 

• Crianças e jovens – O consumo de álcool tem um efeito nocivo sobre o desenvolvimento normal do cérebro dos jovens e aumenta o risco de acidentes e lesões e de outros comportamentos de risco.

• Grávidas ou mulheres a amamentar – As mulheres grávidas, a planear engravidar, ou a amamentar, não devem beber álcool. Nenhum nível de álcool é seguro para os bebés.

• Pessoas em situação de doença – Pessoas com doenças cardíacas e hepáticas e outras doenças crónicas devem ter em conta o aconselhamento médico no que respeita ao consumo de álcool. O álcool não é um medicamento, não cura nem trata nenhuma doença, pelo que não deve ser consumido como solução para um problema de saúde. O mesmo é aplicável para as situações de pessoas em situações de fragilidade e doença mental.

• Pessoas com história de dependência alcoólica – A abstinência é indispensável e requer tratamento especializado. Uma excepção pode destruir todo um processo de recuperação. Pelo que é importante que todos contribuam para o sucesso da recuperação.

• Se conduzir ou trabalhar com máquinas – Os efeitos do álcool no organismo levam à diminuição de aptidões essenciais para conduzir ou trabalhar em segurança, maior risco de acidentes rodoviários e laborais.

• Se tomar medicamentos – Numerosos medicamentos actuam ao nível do sistema nervoso e quando combinados com álcool, podem ter efeitos graves. A discussão prévia com o médico pode ser importante para evitar riscos acrescidos.