A Guerra Mundo

Zelensky pede ao primeiro-ministro indiano que ajude a implementar a fórmula de paz de Kiev

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Foto EPA

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para que auxilie a implementação de uma fórmula de paz defendida por Kiev que leve ao fim da guerra da Ucrânia.

O governante ucraniano desejou a Modi, durante uma conversa telefónica, uma presidência do G20 "bem-sucedida" e lembrou ao primeiro-ministro indiano que foi naquele fórum, que reúne os 20 países mais industrializados do mundo, onde falou pela primeira vez sobre esta fórmula de paz.

"Foi nesta plataforma que anunciei a fórmula da paz e agora conto com a participação da Índia na sua implementação", sublinhou Zelensky através das redes sociais, citado pela agência Europa Press.

O ucraniano agradeceu também o apoio humanitário e nas Nações Unidas por parte da Índia

Narendra Modi, por sua vez, divulgou em comunicado que discutiu com Zelensky assuntos relacionados com a guerra, dando especial ênfase à situação dos estudantes indianos na Ucrânia, que tiveram que regressar à Índia devido ao início da invasão russa.

"O primeiro-ministro Modi reiterou veementemente o seu pedido de cessação imediata das hostilidades e disse que ambos os lados devem voltar ao diálogo e à diplomacia para encontrar uma solução duradoura para suas as diferenças", acrescentou o gabinete do chefe de governo indiano.

Modi assegurou também o apoio a "qualquer esforço de paz" e prometeu "continuar a prestar assistência humanitária à população civil afetada".

A Índia assumiu uma postura neutra desde o início das hostilidades na Ucrânia, sem adotar sanções internacionais contra Moscovo e defendendo um diálogo entre as partes.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.