Assalto fracassado do EI contra quartel provoca oito mortos
O grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje um ataque fracassado contra um quartel-general das forças curdas que inclui uma prisão na cidade de Raqqa, a sua antiga "capital" no norte da Síria, com um balanço de oito mortos.
De acordo com o Observatório sírio de direitos humanos (OSDH), seis membros das forças de segurança curdas foram mortos no ataque que decorreu na manhã de hoje. Dois 'jihadistas' também terão sido mortos durante a troca de disparos.
A administração autónoma curda já confirmou a morte de seis membros das suas forças de segurança.
Em comunicado na rede de mensagens Telegram, o grupo 'jihadista' afirmou que o ataque pretendia "vingar os prisioneiros muçulmanos", em particular as mulheres 'jihadistas' detidas no campo de Al-Hol, sob administração curda, no norte da Síria.
"O objetivo dos 'jihadistas' era a prisão de segurança militar, onde se encontram cerca de 900 'jihadistas', incluindo 200 de lato nível", declarou à agência noticiosa AFP Rami Abdel Rahman diretor do OSDH, uma organização não-governamental (ONG) sediada em Londres e que possui uma ampla rede de fontes na Síria.
Em janeiro de 2022, dezenas de 'jihadistas' tomaram de assalto a prisão de Ghwayran, nordeste da Síria, com o objetivo de libertar os seus companheiros detidos. Após vários dias e combates e centenas de mortos, as Forças democráticas sírias (FDS), dominadas pelos curdos, retomaram o controlo da prisão.
Após um fulgurante ressurgimento em 2014 no Iraque e na vizinha Síria, com a conquista de vastos territórios, o anunciado "califado" do EI acabou por sucumbir na sequência de sucessivas ofensivas militares. Em 1917 foi derrotado no Iraque, e em 2019 na Síria.
No entanto, o grupo 'jihadista', responsável por numerosas ações violentas, continua a efetuar ataques nos dois países através das designadas células adormecidas.