D. José Ornelas critica recurso à eutanásia na sua mensagem de Natal
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e Bispo de Leiria-Fátima, o madeirense D. José Ornelas, criticou e mostrou-se igualmente preocupado com o avanço da eutanásia e do suicídio assistido em Portugal.
Na sua mensagem de Natal, D. José Ornelas lembrou os avanços na ciência e deu como exemplo o facto de "estarmos a superar uma pandemia que nos devia encher de esperança nas capacidades do avanço da ciência".
Enquanto assistimos a um esforço mundial para salvar vidas, no nosso país permite-se o avanço da eutanásia e do suicídio assistido como resposta para erradicar o sofrimento. D. José Ornelas
Na mensagem de Natal deste ano, o bispo afirma que "é tempo de superar o individualismo" e que este é o momento de o sacerdote se tornar "mais próximo das famílias que mais sofrem por dificuldades económicas", olhar "fraternamente para os migrantes e refugiados" e de "se tornar solidariamente próximo dos pobres que estão cada mais afogados na sua pobreza, enquanto a riqueza é distribuída cada vez mais só por alguns".
Envolvido recentemente em polémicas de abusos sexuais a menores e pedofilia, o madeirense defendeu o seu propósito de proteger "o direito das crianças a crescerem em segurança, livres de qualquer abuso ou manipulação", acrescentando que é tempo de "criar condições para que os nossos jovens possam desenvolver-se e dar um contributo responsável e capaz na construção da sociedade".
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa pediu ainda que as pessoas não se deixem habituar à realidade da guerra e lembrou que o conflito na Ucrânia e outros resultam em fome e pobreza.