Joel Martinho até deveria ter começado o dia por abrir as suas prendas de Natal, mas o telemóvel tocou e os planos mudaram por força da "estupidez" perpetrada na última noite que poderia vir a atirar 40 mil euros ao mar no Cais da Ribeira Brava.

A embarcação da Associação Cultural e Desportiva de São João, que tradicionalmente realiza passeios ao Calhau da Lapa e Fajã dos Padres por altura da Primavera e Verão, foi vandalizada na última madrugada e o presidente da instituição não consegue calar a sua revolta. "Deve ter sido um bando de canalha ou de drogados. As coisas estão cada vez piores", admite em declarações ao DIÁRIO.

O ribeira-bravense não sabe ao certo o que aconteceu, mas tudo aponta para que "três ou quatro pessoas - porque só uma é impossível - tentaram jogar o barco para a água e ainda provocaram alguns estragos". A "sorte" é que o barco "ficou preso" graças a "uns ferros" do "atrelado".

O barco da associação, ali 'estacionado' desde Novembro, "não era o único" no cais, uma vez que no mesmo local encontra-se uma outra embarcação, mas o alvo estava já definido. "Era para ver se tinham força", ironiza.

A réstia de esperança reside na eventualidade de os actos de vandalismos poderem ter sido filmados desde o Farolim da Ribeira Brava, onde está instalada pelo menos uma câmara de vigilância, pelo que Joel irá solicitar essas imagens e formalizar uma queixa na Polícia Marítima.

O responsável aproveita ainda para lamentar a falta de policiamento na Ribeira Brava. Ainda há pouco tempo, garante, vandalizaram algumas das decorações natalícias da vila, atirando-as para a ribeira. "É lastimável o estado em que está o concelho".