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Supremo Tribunal do Irão confirma sentença de morte a homem que protestou contra morte de Mahsa Amini

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O Supremo Tribunal do Irão confirmou hoje a condenação à morte de um homem que participou em protestos antigovernamentais em setembro, após a morte de Mahsa Amini, na sequência da sua detenção em Teerão por uso incorreto do véu islâmico.

O Supremo Tribunal disse rejeitar o recurso interposto pelo homem, identificado como Mohamad Qabaldo, que foi condenado por alegadamente ter atropelado mais de seis polícias em novembro, de que resultou a morte de um oficial enquanto cinco ficaram feridos, segundo o portal de notícias iraniano Mizan Online.

No caso de Saman Saidi, um 'rapper' condenado à morte, em outubro, por ter criticado o governo nas suas canções, o tribunal decidiu aceitar o recurso interposto pelo músico, anulando a sentença de morte e ordenando um novo julgamento.

As autoridades iranianas executaram até agora duas pessoas condenadas pelo seu papel nas manifestações ocorridas após a morte de Mahsa Amini, enquanto vários milhares foram presos, dos quais mais de 20 enfrentam a pena de morte, segundo um relatório publicado no passado dia 10, pelo diário local Etemad.

No início de dezembro, o regime da República Islâmica executou dois jovens manifestantes, Mohsen Shekari e Majidreza Rahnavard, ambos com 23 anos de idade, por terem participado nas manifestações e alegadamente terem agredido forças de segurança.

Entre as suas detenções e execução das suas penas decorreram pouco mais de três semanas, como sublinharam na altura organizações de direitos humanos. 

A Guarda Revolucionária Iraniana confirmou recentemente que mais de 300 pessoas foram mortas desde o início dos protestos, sendo este o primeiro número oficial desde o início das manifestações de protesto, após a morte de Amini, jovem da minoria curda iraniana, quando se encontrava sob custódia da designada "polícia da moralidade".

Os números oficiais são inferiores aos fornecidos pela organização não-governamental Iran Human Rights, que fixa o número de mortos devido à repressão das forças de segurança em mais de 500, e o número de detenções em mais de 18.000, desde 16 de setembro, dia da morte de Mahsa Amini, aos 22 anos.