Zelensky alerta para possíveis novos ataques russos no Natal
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alertou hoje a população ucraniana para a possibilidade das forças russas "estarem ativas" e realizarem novos ataques durante o Natal.
"Eles [os russos] desprezam os valores cristãos e quaisquer valores em geral. Portanto, prestem atenção aos sinais de alerta no ar. Ajudem-se e protejam-se sempre", frisou Zelensky, segundo a agência de notícias Ukrinform.
O chefe de Estado ucraniano realizou uma reunião na sede do mais alto órgão de controlo das Forças Armadas da Ucrânia para monitorizar a situação militar no terreno onde foram preparadas as "diferentes variantes de ações do estado terrorista".
"Vemos as suas intenções. E responderemos. A situação no setor de energia foi discutida separadamente", detalhou, no seu habitual discurso noturno diário dirigido à nação e divulgado nas redes sociais.
Na preparação para "os próximos meses e o próximo ano em geral", Zelensky frisou que as ambições ucranianas "permanecem inalteradas".
"É a libertação da nossa terra. A segurança para nossa gente. Restauração do nosso país após os ataques russos. Estes são os elementos da vitória ucraniana", destacou.
Por outro lado, Zelensky agradeceu ao Congresso dos Estados Unidos pela aprovação de um projeto de lei de 1,7 biliões de dólares, incluindo 45.000 milhões de dólares para a Ucrânia em assistência militar, económica e humanitária adicional, de acordo com o Ukrinform, citado pela agência Europa Press.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.