Artigos

2023: Quando a Mudança traz mais futuro

Mais um ano se passou em que o Governo Regional não conseguiu ter uma única medida que, de forma objetiva fosse inovadora no formato e adequada na solução

Os Madeirenses e os Porto-Santenses celebram o Natal e o Ano Novo de forma muito especial, conferindo-lhe um colorido ainda maior e um entusiasmo contagiante que contribui, decisivamente, para o afamado cartão de visita da Região nesta quadra.

Aliamos ao respeito pela fé e pelas nossas tradições aquilo que esta época mais representa: a fraternidade e a solidariedade, sempre em relação com a celebração, a partilha e a proximidade com quem mais estimamos.

Este é o momento da família e dos amigos. Mas também um momento propício a balanços e a planos de futuro. De aproveitar a mudança de ano para olharmos para o passado de espírito aberto e crítico, e para o futuro com um olhar construtivo e determinado.

Diria que o ano de 2022 se apresentou a todos nós Madeirenses trazendo consigo novos desafios. O atenuar gradual da pandemia de Covid19, permitindo um reatar da atividade económica e da vida de todos nós veio trazer otimismo na recuperação, rapidamente absorvido por outros episódios externos que determinam a economia e influenciam a ação política, em particular nos países europeus. Falo da guerra na Ucrânia, da crise energética e da subida da inflação e das taxas de juro. Sem esquecer o desafio sempre importantíssimo da emergência climática.

A conjuntura internacional veio condicionar a ação de quem governa a Região. Que, ao invés de responder aos novos desafios com soluções novas, preferiram transportar os encargos da conjuntura económica para os bolsos dos madeirenses. Preferiram poupar dinheiro para investirem nos quase mil boys partidários que pululam nos gabinetes do Governo Regional, em obras polémicas que sugam os nossos já parcos recursos com base em racionais duvidosos e benefícios subjetivos para a população, e numa rede paralela de apoios sociais de regulação e fiscalização desadequada num Estado de direito.

Ou seja, mais um ano se passou em que o Governo Regional não conseguiu ter uma única medida que, de forma objetiva fosse inovadora no formato e adequada na solução. A marca destes sete anos de Governo é o copy-paste do que foi feito no passado. Faz a política de combustão, na era da descarbonização. Quando tenta inovar, sai disparate. E para avançarmos, precisamos de inovar.

Não podemos pedir a quem sempre se habituou a fazer igual a ter a ambição de inovar. Prova disso, o ponto alto de inovação do presidente do Governo Regional em 2022. Miguel Albuquerque foi gastar dezenas de milhares de euros dos madeirenses para falar um minuto e meio em Miami sobre o futuro das criptomoedas e mais 100 mil euros num escritório de advogados para trabalhar na sua adoção na Madeira. Meses antes deste mercado ruir como um castelo de cartas sob o fogo das instituições reguladores financeiras mundiais. Não é inovação nem visão, é mesmo incapacidade de sair do mesmo guião de sempre.

É preciso saber fazer evoluir o modelo de desenvolvimento da Região. E para isso, é preciso mudar de protagonistas. A agenda do PS Madeira é clara nesse sentido, com uma política moderna que responda aos desafios de forma objetiva, que prepare a Madeira, que olhe para as pessoas em primeiro e a liberte de espartilhos partidários, maneirismos absolutistas e tendências monopolistas.

Com políticas de desagravamento fiscal, apoios à garantia de habitação, à saúde, de proteção do poder de compra, de solidariedade social criteriosa, de estímulo à competitividade, incentivos à descarbonização e imunização do território a fatores climáticos extremos.

Em 2023 estarão em disputa duas formas de liderança da Região. Um PSD cinzento e agarrado ao poder, que tenta transportar para as pessoas a falta de ambição e apatia que demonstram como governantes. E um PS transformacional, ambicioso, que garante evolução, que oferece aos madeirenses as soluções em vez de os carregar com fardos financeiros. Cuja ação política olha para a Madeira e não para o partido.

Nunca teremos futuro se permanecermos agarrados ao passado.

Quero desejar a todos os meus sinceros votos de boas festas e as melhores felicidades para 2023. A solidariedade é a raiz da humanidade, por isso, que nesta altura de paz possamos também ter um tempo para ajudar quem mais precisa. E que possamos também todos meditar sobre como tornar 2023 mais próspero para todos os madeirenses. Feliz Natal