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Senado dos EUA confirma Lynne M. Tracy como nova embaixadora norte-americana na Rússia

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Foto LRAGIR

O Senado norte-americano votou hoje quase unanimemente para confirmar a diplomata de carreira Lynne M. Tracy como a nova embaixadora dos Estados Unidos da América (EUA) na Rússia.

Momentos antes da chegada do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Washington para uma visita histórica, os senadores votaram - com 93 a favor e dois contra - para confirmar Lynne M. Tracy como a nova embaixadora em Moscovo. 

A confirmação da diplomata está a ser vista como um sinal do compromisso norte-americano com a Ucrânia devastada pela guerra, enquanto enfrenta a invasão da Rússia de Vladimir Putin.

O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, abriu a sessão dizendo que a aprovação de um novo pacote de ajuda milita à Ucrânia e a confirmação da nova embaixadora dos EUA na Rússia enviam um forte sinal de que os norte-americanos estão "inequivocamente" com o povo ucraniano.

Tracy, que anteriormente serviu como embaixadora dos EUA na Arménia e que é diplomata de carreira do Serviço de Relações Exteriores norte-americano, "terá a tarefa de enfrentar Putin", disse Schumer.

A deslocação de Tracy para Moscovo ocorre após o embaixador anterior, John Sullivan, ter deixado o cargo em setembro último, pouco antes da morte da sua mulher.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.