Os cinco desejos do Representante da República para a Madeira no próximo ano
O Representante da República para a Madeira aproveitou a audiência de apresentação de cumprimentos natalícios dos membros do Governo Regional, realizada esta manhã, no Palácio de São Lourenço, para partilhar cinco desejos para o ano de 2023.
Desde logo, Ireneu Barreto espera que o executivo de Miguel Albuquerque possa fazer tudo o que for possível para evitar que situações de pobreza e de extremas dificuldades económicas atinjam as populações mais desfavorecidas do arquipélago. “Eu estou convencido que o Governo tudo fará para que essas situações sejam evitadas”, referiu o juiz conselheiro, que reconheceu que a Madeira não está livre de “um quadro perfeito para o agravamento das condições sociais e económicas” em resultado da guerra na Europa e da elevada inflação.
Em segundo lugar, formulou o desejo de que “no próximo ano se consiga finalmente uma Lei de Finanças Regionais que acautele não só a Autonomia fiscal como também a equidade na distribuição das receitas para as regiões autónomas”. Também gostaria que “fosse finalmente resolvida a questão do subsídio de mobilidade”.
Em quarto lugar, o Representante da República conta que, “num ano que é um pouco especial, porque temos eleições”, todas as forças políticas se comprometam com “o desígnio que é o interesse superior da Região e dos seus problemas”. “Todos temos que lutar pelo bem da Região, pela sua Autonomia”, disse.
Por último, Ireneu Barreto deseja que “a Região continue a ser o destino de excelência que é no turismo”, tendo realçado o facto de a Madeira ter “conseguido ultrapassar as dificuldades colocadas pela pandemia e hoje estar com níveis [de ocupação hoteleira] iguais ou superiores àqueles que existiam antes da pandemia”. “Espero que isso continue, não obstante todas as dificuldades com que nós sabemos que a Europa se confronta”, acrescentou.
Na breve intervenção na audiência, o Representante da República congratulou-se com a cooperação institucional que mantém com do executivo madeirense. Destacou, aliás, que em 12 anos no exercício das actuais funções, nunca teve necessidade de devolver um diploma do Governo Regional. “Sempre foi possível, através de uma colaboração que eu considero exemplar entre o Governo Regional e o representante da República, chegarmos a entendimentos que evitassem desperdício de tempo, com devoluções de diplomas. Isso vai continuar do meu lado e espero que possa também continuar da parte do Governo Regional”, concluiu.