Madeira está à frente do continente na educação digital
Os projetos de digitalização no setor da educação financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência na Madeira estão numa fase mais avançada do que no resto do país, indicou hoje o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento, Pedro Dominguinhos.
"A educação digital é claramente uma meta onde a Madeira está mais adiantada que o continente", afirmou o responsável, adiantando que os objetivos definidos para este ano "vão ser ultrapassados".
Pedro Dominguinhos falava aos jornalistas na Madeira, após visitar alguns projetos e obras financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no Funchal e no concelho da Ribeira Brava, zona oeste da ilha.
"Genericamente há um foco muito grande na área da educação, em que há um avanço muito significativo. Podemos apontar como uma boa prática do que está a ser feito", disse, destacando também os projetos ao nível da eficiência energética e da habitação, que considerou ser um dos maiores desafios, devido ao aumento do custo das matérias-primas e do atraso nos concursos públicos.
O presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR salientou, por outro lado, facto de a Madeira ter já captado cerca de 40 milhões de euros de fundos competitivos ao nível nacional, para além das verbas definidas pela União Europeia para o arquipélago.
"Aquilo que podemos dizer da análise da execução dos fundos do PRR na Região Autónoma da Madeira é que estão a decorrer a um ritmo expectável", sublinhou, reforçando que "genericamente há um cumprimento das metas e dos marcos que a região autónoma se comprometeu".
O secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, explicou, por seu lado, que a taxa de execução do PRR ronda os 30%, entre projetos em vias de contratualização e obras já em execução.
"É uma boa execução, atendendo que ainda estamos em 2022 e o prazo destes projetos vai até 2026", disse o governante, indicando que a Madeira dispõe de 561 milhões de euros do PRR para projetos de âmbito regional, aos quais acrescem 136 milhões em avisos nacionais a que as entidades regionais podem concorrer.
O secretário das Finanças referiu que o objetivo do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, é aproveitar "na plenitude" as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência até 2026.
"Estamos absolutamente convictos que este será mais um bom exemplo do bom aproveitamento de fundos comunitários na Região Autónoma da Madeira", declarou.