Retomada ligação aérea entre ilhas de São Tomé e do Príncipe após um mês
A ligação aérea pela STP Airways entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe, interrompida há quase um mês devido à substituição do avião, foi retomada na quinta-feira, afirmou à Lusa o presidente do Governo Regional do Príncipe, Filipe Nascimento.
A STP Airways, companhia nacional de São Tomé e Príncipe e responsável pelos voos domésticos entre as duas ilhas, viu as suas ligações interrompidas devido a "questões contratuais da companhia, que recorre a uma outra empresa que trata do aluguer de aparelhos para fazer a ligação", esclareceu Filipe Nascimento.
"Segundo informação da companhia STP Airways, que tem estado a assegurar os voos domésticos entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe, a paragem deveu-se à necessidade de o aparelho fazer a ligação em rede para manutenção, por um lado. Mas por outro lado, tivemos informações de que já não voltava o mesmo aparelho, o que também justificou esta demora durante o processo negocial com uma outra empresa de aviação civil para conseguir disponibilizar um aparelho que permita a retoma dos voos", explicou o presidente do Governo Regional do Príncipe, em declarações à Lusa.
A companhia voltou, assim, ao seu normal funcionamento, que prevê cerca de dois a três voos por semana, "consoante o fluxo e a procura".
A interrupção desta ligação é especialmente sentida em Príncipe, cuja atividade económica subsiste, essencialmente, do turismo.
"A região autónoma de Príncipe, enquanto uma ilha duplamente insular, porque não está ligada nem ao continente, nem à capital, vive essencialmente das ligações, sejam aéreas, sejam marítimas. E tratando-se de uma ilha turística, temos no turismo a principal atividade económica que move outros setores", reiterou Nascimento.
Este não foi, contudo, o único setor que esta paralisação afetou: "Houve um impacto negativo, tanto para a população, como para a saúde, no que toca às evacuações médicas, e também para a economia regional, com ênfase, naturalmente, para a mobilidade dos turistas", adiantou o presidente do Governo Regional do Príncipe.
Além de o transporte dos turistas ser feito, sobretudo, a partir da via aérea, segundo Nascimento, também "a classe empresarial precisa dessa mobilidade para a capital do país, bem como para o exterior do país".
A solução passou, então, por recorrer à via marítima, que Nascimento considera ser uma área que "tem tido algumas dificuldades" e um "desafio a melhorar" e, em casos muito pontuais, como são as evacuações médicas, recorreu-se "a alguns voos 'charter' e aluguer de pequenos aparelhos que neste momento não estão a realizar voos comerciais, mas que em caso de emergência" permitem "prestar assistência médica na capital do país".
"Finalmente, esta situação está retomada, mas a busca é de melhorarmos significativamente este setor para o relançamento do turismo nesta fase pós-pandémica, em que precisamos de recuperar a economia regional", reforçou Filipe Nascimento.