Portway e sindicatos acordam subidas salariais entre 5% e 8,5% em 2023
A Portway anunciou hoje que chegou a acordo com os sindicatos para aumentos salariais, em 2023, de 8,5% para os níveis mais baixos e de 5% nos seguintes, com parte dos aumentos feitos ainda este ano, com retroativos a outubro.
"A Portway chegou a acordo com as estruturas sindicais representativas dos trabalhadores na empresa para atualizações salariais no próximo ano de 2023. Os aumentos salariais para os níveis base das tabelas são de 8,5% e no mínimo de 5% nos níveis seguintes", informou a empresa de assistência em aeroportos, em comunicado.
Parte dos aumentos serão feitos ainda este ano, com retroativos a outubro, e "está ainda previsto um prémio adicional a todos os trabalhadores, a pagar em fevereiro, caso a Portway atinja um comportamento económico-financeiro e operacional em linha com os níveis esperados", acrescentou a empresa.
Desta forma, a massa salarial da empresa vai aumentar 5,5%, no próximo ano.
A Portway considerou que se trata de "um esforço financeiro considerável", tendo em conta que a empresa "ainda não recuperou totalmente o desempenho verificado antes da pandemia", mas sublinhou que, tendo em conta o nível da inflação, "solidariza-se com os seus trabalhadores e avança para aumentos salariais e de subsídios, num espírito de cooperação perante o cenário de aumento generalizado do custo de vida que se vive no país e na Europa".
Já o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac), também em comunicado, considerou que "a empresa poderia ter ido mais longe na justa e merecida atualização salarial a todos os trabalhadores", mas "deu aval positivo a esta proposta que irá incrementar em média 900 euros nos salários em termos anuais".
O sindicato detalhou que o resultado das negociações foram "aumentos de 5% na tabela salarial, dos quais 2% com retroatividade a outubro de 2022", a a pagar no processamento salarial de dezembro deste ano, "e os restantes 3% com efeitos a janeiro de 2023".
Ficou também acordada a atualização no subsídio de refeição para 176 euros mensais, ou seja, mais 6,66%, em cartão de refeição, e 171 euros mensais (+3,63%) em subsídio de refeição em dinheiro, bem como o aumento de cerca de 5% no abono de transporte para 47,70 euros mensais ou abono social para 47,72 euros.
Adicionalmente, o subsídio de chefia ou supervisão aumenta para o mínimo de 97 euros e o subsídio de coordenação aumenta para 135 euros.