Madeira

"Queremos a nossa segurança de volta!", reivindica Nuno Morna da Iniciativa Liberal

O representante da coordenação regional do partido fala em "verdadeiro problema de saúde pública" em relação às drogas sintéticas

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Nuno Morna, na qualidade de representante da  Comissão Coordenadora da Iniciativa Liberal Madeira diz que as drogas sintéticas são "um verdadeiro problema de saúde pública", e sugere que a Madeira siga o exemplo de outros locais "que sofram do mesmo problema", para com eles "procurar aprender" a melhor forma de lidar com o problema. 

"A legislação nacional tem de ser rapidamente mudada. Não pode só continuar a definir como ilegais as drogas que contenham determinadas substâncias, mas também considerá-las como tal pelos efeitos psicossomáticos que provocam", refere no comunicado enviado às redacções esta setxa-feira. 

As soluções, que na nossa opinião ultrapassam o horizonte eleitoral, passam por, rapidamente, e já vamos tarde, aquilo que propormos: interdisciplinariedade, empenho, querer, esquecer a politiquice do mandato, olhar o futuro.  Nuno Morna, Iniciativa Liberal

Contrariamente ao que é defendido por Miguel Albuquerque, que disse que os casos de insegurança eram pontuais, Nuno Morna evoca as "situações de consumo e violência" com que "todos os dias somos confrontados". E, no que diz ser "a outra face da moeda", o coordenador da Iniciativa Liberal na Madeira refere a postura assumida por Pedro Calado, e a polémica referência a colocar os militares da rua. "Estas coisas nem se devem pensar, quanto mais dizer. No dia em que isso acontecesse seria a falência do Estado de Direito, a falência da democracia e o reconhecer da incompetência de quem nos governa, tanto ao nível municipal como regional", advoga. 

No seu entender a solução não passa por colocar os miliares na rua, sendo imperioso "sentar polícias, agentes judiciais, ONG’s, Câmara e Governo à volta de uma mesa para que a situação actual seja contida", defende, não sem antes referir que "a disseminação e o consumo de drogas, bem como o abuso do álcool, constituem uma ameaça à democracia e ao desenvolvimento".

É preciso "perceber as ameaças e vulnerabilidades e agir em conformidade", sugere Nuno Morna, deixando claro que "não temos soluções milagrosas, mas estas existem e terão sempre que ser o resultado de conversas descomplexadas e abertas entre entidades responsáveis que, irresponsavelmente, continuam de costas voltadas". 

Entre as soluções que devem ser colocadas no terreno refere: combater com a maior eficiência possível o tráfico, alertar os estabelecimentos da zona para ajudem a controlar a venda de álcool, maior presença física das autoridades, criar equipas móveis de saúde (física e mental) de intervenção rápida, parecem-nos algumas medidas importantes a tomar no imediato.

Papel importante está, também, reservado à escola, pois "devem ser envidados todos os esforços no sentido de termos uma comunidade escolar informada do perigo que a droga e o álcool representam". Chamados devem ser, também, os serviços prisionais, "uma vez que uma parte significativa da população prisional está ligada, directa ou indirectamente, à criminalidade induzida pela droga e/ou pelo álcool". 

A par disso, impõem-se, no entender de Nuno Morna, "programas funcionais de recuperação que ofereçam terapias cognitivo-comportamentais, aconselhamento intensivo, individualmente e em grupo, programação espiritual e tratamentos de substituição". 

A Iniciativa Liberal reforça a necessidade de "um esforço colaborativo entre policiais, serviços prisionais, prestadores de cuidados médicos e de saúde mental, agentes da justiça, ONG’s, Governo Regional e Câmara Municipal do Funchal, para trazer uma resposta rápida àquilo que consideramos um verdadeiro flagelo. O diagnóstico tem que ser feito o mais rapidamente possível e nunca o será se as partes não se entenderem em volta de soluções". 

Tudo isto porque "queremos a nossa segurança de volta!", conclui.