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Geopolítica

O G7 agrupa os estados tidos por mais industrializados e com as maiores economias. Supostamente, porque, na verdade, há outros que são mais do que alguns que lá estão. Representarão 46% do PIB mundial. Constituído em 1975, começou com 6 membros, já teve 8, antes da expulsão da Rússia pela anexação da Crimeia, em 2014, e voltou aos 7. São eles: Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Japão e Itália.

Os BRICs aparecem um pouco como contraponto. Correspondem a 24% do PIB global. É composto por 5 nações: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Países de mercado emergente em relação ao seu desenvolvimento económico. Reuniram-se 4 em 2009, juntaram depois a pátria de Mandela, uma vez interessados, particularmente a China, na penetração no mercado e ganho de preponderância naquele continente.

Na disputa armada que deflagrou, o G7 está, na sua totalidade, do lado da Ucrânia, já entre os BRICs, salvo o que combate, são individualmente equívocos os sinais e as posições dos restantes.

Não é coincidência o facto de reunirem marcando-se mutuamente. Apesar do conflito bélico ser tema central para ambos os lados, uma das decisões mais recentes, por exemplo do G7, teve a ver com ajuda aos territórios menos favorecidos, na ordem dos quase 600 mil milhões de euros. É o que a China anda a fazer discretamente. E é assim que se vão criando laços entre países que passam a constar na esfera de influência de uns ou de outros.

Com a guerra como pano de fundo, estas movimentações e posicionamentos originarão alterações no quadro geopolítico internacional. Porque as batalhas no terreno não são as únicas que se travam no mundo em preocupante convulsão.