André Ventura considera que Marcelo podia ter um papel mais activo
O presidente do Chega, André Ventura, afirmou hoje que o Chega vai fiscalizar cada ato do Governo, numa altura em que o Presidente da República "podia ter um papel mais ativo" e os restantes partidos "estão adormecidos".
"Vamos olhar para o próximo ano com o mesmo foco de ser oposição ao governo. António Costa disse que temos que nos habituar e que está para ficar e nós também dizemos ao governo, que eles têm que se habituar e este estilo de oposição está para ficar e que vai continuar", afirmou à agência Lusa, André Ventura, à margem do jantar de natal do partido que decorreu em Castelo Branco.
O líder do Chega disse que vai olhar para o próximo ano, com o mesmo foco de ser oposição ao Governo.
"Nós vamos ser o partido que fiscaliza todos e cada ato do Governo, sobretudo, numa altura em que os outros partidos estão adormecidos e em que o Presidente da República podia ter um papel mais ativo do que tem", sublinhou.
André Ventura entende que Marcelo Rebelo de Sousa se tem "resguardado muito, o que com uma maioria absoluta não e compreensível".
Isto porque entende que é nos momentos de maioria absoluta "que os presidentes têm que ter um papel ainda mais importante, do ponto de vista da fiscalização, o que também não tem acontecido".
"Sobra o Chega. O que vamos querer é aumentar ainda mais esta intensidade de oposição até conseguirmos ter uma base eleitoral suficientemente forte para chegar ao governo em 2026, que é o nosso objetivo", sustentou.
André Ventura voltou a acusar o primeiro-ministro de "muita arrogância" e de "querer malhar na direita".
"Só que agora Santos Silva está na presidência da Assembleia da República e não pode fazer esse papel e quer fazê-lo António Costa. Acho que não fica bem a um primeiro-ministro em funções e com maioria absoluta ter aquele tom de arrogância e de confronto. Mas, como respondemos na mesma moeda, têm que se habituar que nós estamos para ficar e que este estilo de escrutínio vai continuar", frisou.
O presidente do Chega realçou ainda que temos 3ª feira o ministro dos Negócios Estrangeiros vai terça-feira ao Parlamento, "por nossa iniciativa, para explicar este escândalo de corrupção na Defesa".
"O Chega é que fez essa força e que estabeleceu essa iniciativa. E é este estilo de oposição que podem esperar no próximo ano, muito escrutínio, muita intensidade na fiscalização, muita assertividade nas propostas, e sem medo de confrontar o PS", concluiu.