Sobe o número de mortes por consumo de álcool adulterado na Índia
O número de mortos devido ao consumo de álcool adulterado no estado leste indiano de Bihar, onde são proibidas as bebidas espirituosas, subiu para mais de 50, anunciaram as autoridades.
O ministro-chefe de Bihar, Nitish Kumar, defendeu hoje a proibição do álcool como benéfica para a população em geral e avisou que "não será dada qualquer compensação aos familiares das pessoas que morreram depois de terem bebido".
"Já o dissemos. Se bebe, morre. Aqueles que são a favor da bebida não querem nada de bom", disse Kumar num discurso no parlamento local, de acordo com a NDTV.
Só no distrito de Saran, onde cerca de 30 pessoas terão morrido,já foram detidas mais de 100 pessoas alegadamente envolvidas na venda de álcool. As autoridades também apreenderam cerca de 4.000 litros de álcool.
Os casos começaram na terça-feira, com as dores de estômago, vómitos e visão turva como os principais sintomas. Centenas de pessoas morrem todos os anos na Índia por consumirem álcool adulterado, mais barato do que o álcool produzido comercialmente, mas que pode muitas vezes levar a envenenamento.
Dos estimados cinco mil milhões de litros de álcool consumidos anualmente no país, cerca de 40% são produzidos ilegalmente, de acordo com a Associação Internacional do Vinho e das Bebidas Espirituosas da Índia.
As bebidas alcoólicas ilegais são frequentemente adulteradas com metanol para aumentar o teor alcoólico. Se ingerido, o metanol pode causar cegueira, danos hepáticos e morte.
Em julho, 42 pessoas morreram no estado ocidental de Gujarat, depois de terem consumido álcool de contrabando. No ano passado, cerca de 100 pessoas morreram no estado de Punjab, no norte do país, em circunstâncias semelhantes.