O Governo Regional vai apoiar de forma directa, ainda que parcial, as empresas com maiores consumo de energia eléctrica.

Esta foi a fórmula encontrada pelo Executivo madeirense para "minimizar os efeitos" dos aumentos dos preços da electricidade ontem anunciados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), sobretudo para as empresas.

Conforme referiu o secretário regional de Economia, na conferência de imprensa desta tarde, onde se fez acompanhar pelos seus colegas de Governo que têm as pastas das Finanças e das Infraestruturas, serão abrangidas cerca de 1.000 empresas com grandes consumos de energia eléctrica, sobretudo indústria e hotéis.

Estes consumidores enquadram-se nos designados consumidores de baixa potência especial (com aumentos de 35%) e consumidores de média tensão (com aumentos de 52,5%).

Rui Barreto disse ainda que o Governo Regional vai juntar a este apoio directo a fundo perdido um programa de incentivos para a instalação de equipamentos de produção de energia renovável.

Tanto num caso, como noutro, vão ser estudados os procedimentos a adoptar para colocar em prática cada um dos mecanismos.

Para os consumidores domésticos, que representam 99% dos clientes da Empresa de Electricidade da Madeira (EEM) não estão previstos apoios além dos já definidos pelo Governo Regional, nomeadamente a tarifa social de energia eléctrica.

O secretário da Economia consideram "um valor razoável" o aumento de 2,3% definido pela ERSE para as famílias madeirenses. Entende mesmo ser essa uma "nota positiva", já que esse acréscimo para 2023 é inferior à inflação de 3,8% prevista.